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10/04/2006
-
09h22
LUÍS FERRARI
TONI ASSIS
da Folha de S.Paulo
O São Paulo bem que fez o seu papel ontem em Mogi, assegurou a vitória sobre o Ituano já com cinco minutos, mas sentiu os efeitos da irregularidade dentro de sua própria casa para justificar o vice-campeonato do Paulista.
"Três jogos foram fundamentais: os empates com Guarani e Noroeste e a derrota para o Juventus", disse o goleiro Rogério, em alusão aos sete pontos que o time deixou escapar em seu estádio.
Dos 18 pontos que disputou no Morumbi, excetuando os clássicos, o São Paulo de Muricy Ramalho foi um pouco acima de regular. Em seis jogos, foram três vitórias, dois empates e uma derrota, com um aproveitamento de 61,1% diante de sua torcida --no mesmo ano, aliás, em que deu adeus a uma invencibilidade caseira de 30 jogos na Libertadores, construída ao longo de 19 anos.
A lição bem feita em casa mostra a diferença que levou o São Paulo ao título de 2005, de forma antecipada, em relação ao desempenho na campanha do vice neste ano. Com Emerson Leão , a equipe venceu oito dos nove jogos em casa. Sofreu um único revés, um 2 a 1 para a Ponte Preta. Neste ano, nem mesmo o fato de o time ter vencido todos os clássicos foi suficiente para suprir os tropeços em seu terreno. Perdeu para o Juventus por 1 a 0 e empatou com Guarani (3 a 3) e Noroeste (1 a 1).
A experiência de ganhar de todos os grandes em um Paulista e acabar sem o título de campeão não é inédita para os são-paulinos. Em 2001, o time do Morumbi já amargou essa experiência.
Naquele ano, o time de Oswaldo Alvarez, que acabou com o título do Rio-São Paulo, ganhou de Santos, Palmeiras e Corinthians, como nesta temporada. Mas encerrou a fase classificatória apenas em oitavo lugar, graças a derrotas para Portuguesa, União Barbarense, União São João, Botafogo, São Caetano e Rio Branco.
Com o vice no Estadual deste ano, o São Paulo deixa de pé uma escrita duradoura. A última vez que o time levantou um Paulista com 100% de aproveitamento em clássicos foi em 1953, ano em que nenhum dos jogadores e nem Muricy eram nascidos.
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São-paulinos culpam tropeços em casa por perda de título
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TONI ASSIS
da Folha de S.Paulo
O São Paulo bem que fez o seu papel ontem em Mogi, assegurou a vitória sobre o Ituano já com cinco minutos, mas sentiu os efeitos da irregularidade dentro de sua própria casa para justificar o vice-campeonato do Paulista.
"Três jogos foram fundamentais: os empates com Guarani e Noroeste e a derrota para o Juventus", disse o goleiro Rogério, em alusão aos sete pontos que o time deixou escapar em seu estádio.
Dos 18 pontos que disputou no Morumbi, excetuando os clássicos, o São Paulo de Muricy Ramalho foi um pouco acima de regular. Em seis jogos, foram três vitórias, dois empates e uma derrota, com um aproveitamento de 61,1% diante de sua torcida --no mesmo ano, aliás, em que deu adeus a uma invencibilidade caseira de 30 jogos na Libertadores, construída ao longo de 19 anos.
A lição bem feita em casa mostra a diferença que levou o São Paulo ao título de 2005, de forma antecipada, em relação ao desempenho na campanha do vice neste ano. Com Emerson Leão , a equipe venceu oito dos nove jogos em casa. Sofreu um único revés, um 2 a 1 para a Ponte Preta. Neste ano, nem mesmo o fato de o time ter vencido todos os clássicos foi suficiente para suprir os tropeços em seu terreno. Perdeu para o Juventus por 1 a 0 e empatou com Guarani (3 a 3) e Noroeste (1 a 1).
A experiência de ganhar de todos os grandes em um Paulista e acabar sem o título de campeão não é inédita para os são-paulinos. Em 2001, o time do Morumbi já amargou essa experiência.
Naquele ano, o time de Oswaldo Alvarez, que acabou com o título do Rio-São Paulo, ganhou de Santos, Palmeiras e Corinthians, como nesta temporada. Mas encerrou a fase classificatória apenas em oitavo lugar, graças a derrotas para Portuguesa, União Barbarense, União São João, Botafogo, São Caetano e Rio Branco.
Com o vice no Estadual deste ano, o São Paulo deixa de pé uma escrita duradoura. A última vez que o time levantou um Paulista com 100% de aproveitamento em clássicos foi em 1953, ano em que nenhum dos jogadores e nem Muricy eram nascidos.
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