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21/04/2006
-
17h01
da Folha Online
O corpo do ex-técnico da seleção brasileira, Telê Santana, 74, será enterrado neste sábado, às 11h, no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte (MG). O corpo será velado na tarde desta sexta-feira, no mesmo local.
Telê morreu na manhã de hoje, vítima de falência múltipla dos órgãos, no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, onde estava internado desde o dia 25 de março, devido a uma infecção abdominal.
Durante a internação, Telê passou a maior parte do tempo sedado e respirando por aparelhos. Ele teve complicações na função respiratória, em virtude de uma infecção pulmonar detectada no último dia 1º.
No último dia 4, o ex-treinador foi submetido a uma traqueostomia --intervenção cirúrgica para facilitar a respiração.
Trajetória
Nascido em Itabirito (MG), Telê comandou o São Paulo quando o time foi bicampeão mundial, além de ter jogado no Fluminense, do Rio de Janeiro. Telê Santana também foi técnico da Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 1982 e 1986.
Telê comandou o time nacional na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, quando a equipe de Júnior, Zico, Sócrates, Cerezo e Falcão acabou eliminada pela Itália, após derrota por 3 a 2.
O treinador manteve seu prestígio e dirigiu a seleção no Mundial seguinte, em 1986, no México. Mas a equipe voltou a fracassar e acabou eliminada pela França, nas quartas-de-final, após perder na disputa de pênaltis.
Em 1996, o ex-treinador sofreu um derrame, o que debilitou sua saúde.
Repercussão
Defensor dos rígidos treinamentos e dos valores morais, Telê Santana foi um professor para atletas e integrantes de suas comissões técnicas.
"Ele deixa para a gente as lembranças de um grande treinador. Acho que todos que tiveram o prazer de conviver com o Telê aprenderam muito com ele", disse Júnior, lateral-esquerdo da seleção brasileira de 1982, ao Sportv.
Para Cafu, bicampeão mundial com o São Paulo em 1992 e 1993, ele foi mais que "apenas" um técnico.
"Ele foi um grande treinador, mas para mim, ele foi um modelo de homem, de amigo, um pai. O Telê pegava bastante no nosso pé porque gostava da gente."
Moracy Sant'anna, preparador físico da seleção brasileira, trabalhou durante muito tempo com o ex-treinador e afirma que aprendeu muito com ele.
"Há cada ano que passava, aprendia mais com o Telê. Ele foi uma pessoa que passou muito para a comissão técnica e para os jogadores."
O ex-goleiro Valdir Joaquim de Moraes, amigo pessoal de Telê Santana, revela que o ex-treinador se emocionava muito com suas vitórias e derrotas no futebol.
"Nunca vi o Telê chorar, mas vi ele triste muitas vezes. Por exemplo, na Copa do Mundo de 1982, após a derrota para a Itália, ficamos uma hora olhando um para o outro sem conseguir falar nem chorar. Ele era muito introvertido neste sentido. Nem vibrar nas vitórias ele sabia. Não era de pular para comemorar gols, nada disso."
Alguns clubes, como o Fluminense, onde Telê jogou por mais de dez anos, e o Atlético-MG, que foi campeão brasileiro de 1971 sob o seu comando, já decretaram luto oficial de três dias.
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Ex-treinador Telê Santana será enterrado na manhã deste sábado
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O corpo do ex-técnico da seleção brasileira, Telê Santana, 74, será enterrado neste sábado, às 11h, no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte (MG). O corpo será velado na tarde desta sexta-feira, no mesmo local.
Telê morreu na manhã de hoje, vítima de falência múltipla dos órgãos, no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, onde estava internado desde o dia 25 de março, devido a uma infecção abdominal.
Durante a internação, Telê passou a maior parte do tempo sedado e respirando por aparelhos. Ele teve complicações na função respiratória, em virtude de uma infecção pulmonar detectada no último dia 1º.
No último dia 4, o ex-treinador foi submetido a uma traqueostomia --intervenção cirúrgica para facilitar a respiração.
Trajetória
Nascido em Itabirito (MG), Telê comandou o São Paulo quando o time foi bicampeão mundial, além de ter jogado no Fluminense, do Rio de Janeiro. Telê Santana também foi técnico da Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 1982 e 1986.
Telê comandou o time nacional na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, quando a equipe de Júnior, Zico, Sócrates, Cerezo e Falcão acabou eliminada pela Itália, após derrota por 3 a 2.
O treinador manteve seu prestígio e dirigiu a seleção no Mundial seguinte, em 1986, no México. Mas a equipe voltou a fracassar e acabou eliminada pela França, nas quartas-de-final, após perder na disputa de pênaltis.
Em 1996, o ex-treinador sofreu um derrame, o que debilitou sua saúde.
Repercussão
Defensor dos rígidos treinamentos e dos valores morais, Telê Santana foi um professor para atletas e integrantes de suas comissões técnicas.
"Ele deixa para a gente as lembranças de um grande treinador. Acho que todos que tiveram o prazer de conviver com o Telê aprenderam muito com ele", disse Júnior, lateral-esquerdo da seleção brasileira de 1982, ao Sportv.
Para Cafu, bicampeão mundial com o São Paulo em 1992 e 1993, ele foi mais que "apenas" um técnico.
"Ele foi um grande treinador, mas para mim, ele foi um modelo de homem, de amigo, um pai. O Telê pegava bastante no nosso pé porque gostava da gente."
Moracy Sant'anna, preparador físico da seleção brasileira, trabalhou durante muito tempo com o ex-treinador e afirma que aprendeu muito com ele.
"Há cada ano que passava, aprendia mais com o Telê. Ele foi uma pessoa que passou muito para a comissão técnica e para os jogadores."
O ex-goleiro Valdir Joaquim de Moraes, amigo pessoal de Telê Santana, revela que o ex-treinador se emocionava muito com suas vitórias e derrotas no futebol.
"Nunca vi o Telê chorar, mas vi ele triste muitas vezes. Por exemplo, na Copa do Mundo de 1982, após a derrota para a Itália, ficamos uma hora olhando um para o outro sem conseguir falar nem chorar. Ele era muito introvertido neste sentido. Nem vibrar nas vitórias ele sabia. Não era de pular para comemorar gols, nada disso."
Alguns clubes, como o Fluminense, onde Telê jogou por mais de dez anos, e o Atlético-MG, que foi campeão brasileiro de 1971 sob o seu comando, já decretaram luto oficial de três dias.
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