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20/05/2006 - 10h34

Alpinista Vitor Negrete gostava de participar de projetos sociais

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MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas

Nascido em São Paulo, o alpinista Vitor Negrete mudou-se para Campinas (95 km de São Paulo) no final da década de 80 para cursar engenharia de alimentos na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), onde se formou em 1993.

Um dos principais alpinistas brasileiros, Vitor Negrete, 38, morreu na manhã de sexta-feira, horas depois de se tornar o primeiro brasileiro a escalar o monte Everest, no Nepal, pela face norte e sem o auxílio de tubo de oxigênio suplementar, a 8.850 metros.

Em junho de 2001, apresentou dissertação de mestrado com o tema "Desenvolvimento de processo a vácuo para geléia de acerola e acompanhamento da vida de prateleira"'.

Atualmente, segundo amigos, ele estava animado com o projeto de incubação de uma fábrica de derivados de banana em comunidades quilombolas no Vale do Ribeira, no interior paulista.

"Ele estava muito empolgado. Era uma pessoa que gostava de trabalhar em grupo e tinha amor pelo trabalho que fazia e pelas oficinas de capacitação das famílias quilombolas que participavam do projeto", disse o amigo, professor Celso Costa Lopes. "Foi um choque. Acordei alegre hoje [ontem] porque ele voltaria em breve para a continuação dos projetos", disse Lopes.

Em 1988, Negrete e o amigo Rodrigo Raineri realizaram uma série de viagens de aventura, que deu origem ao grupo Gaia. Juntos, os dois percorreram de bicicleta cerca de 2.400 km na rodovia Transamazônica, entre dezembro de 1992 e fevereiro de 1993.

Negrete foi um dos responsáveis pela criação de um paredão para escalada na Unicamp, projeto que deu origem ao GEEU (Grupo de Escalada Esportiva da Unicamp), até hoje em atividade. Segundo a assessoria de imprensa da Unicamp, o paredão se chamará Vitor Negrete, em sua homenagem.

Em 2002, Negrete e Raineri foram recebidos como heróis em Campinas, após escalarem o Monte Aconcágua e vencerem uma nevasca a 6.700 metros de altitude.

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