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19/12/2000
-
20h03
da Sucursal do Rio
A CPI da CBF/Nike, instalada na Câmara, descobriu hoje indícios de intervenção do Clube dos 13 na escalação de árbitros pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para apitar jogos.
O deputado Eduardo Campos (PSB-PE) divulgou um documento referente a quatro jogos da Copa João Havelange nos quais a assinatura da escalação de árbitros, sob responsabilidade da CBF, é de Reinaldo Carneiro Bastos, vice-presidente da Federação Paulista de Futebol.
No documento, que tem o nome e o timbre da CBF, Bastos aparece como coordenador do Comitê de Arbitragem.
A Copa João Havelange é organizada pelo Clube dos 13, entidade que reúne os 20 principais clubes do país, mas a escalação de árbitros é prerrogativa da CBF. ´Como ele foi parar no Comitê de Arbitragem, se ele não é árbitro?", questionou Campos.
O ex-árbitro Francisco Dalcildo Mourão, que depôs hoje na CPI, disse ter sido informado de que a presença de Bastos no comitê faz parte de uma ´intervenção" do Clube dos 13 na Comissão de Árbitros da CBF.
Na avaliação de Campos, a presença de Bastos justificaria o fato de árbitros paulistas terem sido os que mais apitaram partidas do módulo azul da João Havelange neste ano. Segundo o deputado, os paulistas apitaram 85 partidas, contra 63 dos cariocas, 42 dos gaúchos e 42 de árbitros do Distrito Federal.
Mourão disse que árbitros nordestinos são preteridos por Armando Marques, presidente do Comitê de Arbitragem da CBF. ´No meu entender, ele discrimina nordestinos", afirmou.
Segundo Mourão, essa discriminação foi a causa de sua exclusão, pela CBF, da lista de árbitros brasileiros que trabalham para a Fifa.
Armando Marques, que depôs logo depois de Mourão na CPI, disse que o ex-árbitro foi excluído por questões físicas. "O senhor Dalcildo foi reprovado sistematicamente em todos os testes físicos exigidos pela Fifa", disse Marques.
Mourão levou à CPI uma fita de vídeo de uma palestra de Marques em uma reunião de árbitros realizada no ano passado. Na fita, Marques diz que "tem coisas que a gente vê, e tem coisas que a gente não vê".
Mourão disse que ficou surpreso com essa declaração, já exibida na televisão, mas afirmou que não acredita haver nenhum esquema envolvendo árbitros para manipular resultados de partidas.
A CPI da CBF/Nike realizou hoje sua última audiência do ano. O presidente da comissão, Aldo Rebelo (PC do B-SP), acertou hoje detalhes sobre a assessoria de um delegado da Polícia Federal e da Interpol à comissão e amanhã vai ao Itamaraty tratar do problema da transferência de jogadores brasileiros menores de 18 anos para clubes do exterior.
CPI da Nike questiona interferência do Clube dos 13 nas arbitragens
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A CPI da CBF/Nike, instalada na Câmara, descobriu hoje indícios de intervenção do Clube dos 13 na escalação de árbitros pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para apitar jogos.
O deputado Eduardo Campos (PSB-PE) divulgou um documento referente a quatro jogos da Copa João Havelange nos quais a assinatura da escalação de árbitros, sob responsabilidade da CBF, é de Reinaldo Carneiro Bastos, vice-presidente da Federação Paulista de Futebol.
No documento, que tem o nome e o timbre da CBF, Bastos aparece como coordenador do Comitê de Arbitragem.
A Copa João Havelange é organizada pelo Clube dos 13, entidade que reúne os 20 principais clubes do país, mas a escalação de árbitros é prerrogativa da CBF. ´Como ele foi parar no Comitê de Arbitragem, se ele não é árbitro?", questionou Campos.
O ex-árbitro Francisco Dalcildo Mourão, que depôs hoje na CPI, disse ter sido informado de que a presença de Bastos no comitê faz parte de uma ´intervenção" do Clube dos 13 na Comissão de Árbitros da CBF.
Na avaliação de Campos, a presença de Bastos justificaria o fato de árbitros paulistas terem sido os que mais apitaram partidas do módulo azul da João Havelange neste ano. Segundo o deputado, os paulistas apitaram 85 partidas, contra 63 dos cariocas, 42 dos gaúchos e 42 de árbitros do Distrito Federal.
Mourão disse que árbitros nordestinos são preteridos por Armando Marques, presidente do Comitê de Arbitragem da CBF. ´No meu entender, ele discrimina nordestinos", afirmou.
Segundo Mourão, essa discriminação foi a causa de sua exclusão, pela CBF, da lista de árbitros brasileiros que trabalham para a Fifa.
Armando Marques, que depôs logo depois de Mourão na CPI, disse que o ex-árbitro foi excluído por questões físicas. "O senhor Dalcildo foi reprovado sistematicamente em todos os testes físicos exigidos pela Fifa", disse Marques.
Mourão levou à CPI uma fita de vídeo de uma palestra de Marques em uma reunião de árbitros realizada no ano passado. Na fita, Marques diz que "tem coisas que a gente vê, e tem coisas que a gente não vê".
Mourão disse que ficou surpreso com essa declaração, já exibida na televisão, mas afirmou que não acredita haver nenhum esquema envolvendo árbitros para manipular resultados de partidas.
A CPI da CBF/Nike realizou hoje sua última audiência do ano. O presidente da comissão, Aldo Rebelo (PC do B-SP), acertou hoje detalhes sobre a assessoria de um delegado da Polícia Federal e da Interpol à comissão e amanhã vai ao Itamaraty tratar do problema da transferência de jogadores brasileiros menores de 18 anos para clubes do exterior.
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