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07/06/2006 - 20h02

Sem torcida, jogadores dizem que agora ouvem Parreira

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EDUARDO VIEIRA DA COSTA
Editor de Esporte da Folha Online, em Königstein (Alemanha)

Depois de algumas polêmicas no período de preparação em Weggis, na Suíça, com a presença de cerca de 5 mil torcedores por treino, os jogadores da seleção brasileira admitiram nesta quarta-feira que o trabalho sem público em Königstein, na Alemanha, tem sido mais proveitoso.

"Acho que isso [treinar sem público] ajuda. Teve a primeira parte que foi com torcida, foi aberto, e agora uma parte nossa, que também é necessária. A gente se concentra, fica mais ligado no treino, presta mais atenção. É bom ter esse período antes de chegar na Copa", avaliou o meia Kaká.

Ouça a entrevista com Kaká

O volante Emerson também afirmou que a dispersão dos atletas era maior com a presença da torcida.

"Você fica mais focado no treinamento, e não na torcida. Ajuda a ter mais concentração no trabalho. Mas a gente sabe que no jogo também tem muitas pessoas no estádio e aí não pode perder a concentração", disse.

Emerson fala sobre a torcida

"Aqui a gente tem tranqüilidade. [Com público] às vezes a gente se deixa levar pela torcida. O pessoal incentiva, mas não entende que você está trabalhando, pede para tirar uma foto. Isso [treinar sem público] ajuda a ter calma e tranqüilidade", continuou.

O lateral-esquerdo Roberto Carlos disse achar indiferente treinar diante dos fãs, mas ressaltou que não é a mesma coisa.

"Eu gosto de treinar com torcida e sem. Lá em Weggis também foi bom, todo mundo torcendo, vendo os jogadores de perto. Não tenho preferência. Mas diferença tem, é lógico. O normal é que você ouça o treinador falar o que quer sobre posicionamento. No treinamento com público, é mais difícil ouvir."

O excesso de carinho dos torcedores em Weggis proporcionou cenas como invasões de campo de pessoas querendo abraçar os jogadores. Além disso, os atletas eram constantemente abordados para fotos e autógrafos. O técnico Carlos Alberto Parreira disse ter considerado as demonstrações de afeto positivas.

"Isso massageia o ego dos jogadores", declarou o técnico, que chegou a ameaçar a proibição da torcida na Suíça caso houvesse interferência no trabalho.

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