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01/07/2006 - 06h00

Brasil tenta se esquivar, mas revanche dá o tom contra a França

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EDUARDO VIEIRA DA COSTA
Editor de Esporte da Folha Online, em Frankfurt

Quando questionados, jogadores e o técnico Carlos Alberto Parreira negam. Mas quando entrar em campo neste sábado, às 16h (de Brasília), contra a França, em Frankfurt, pelas quartas-de-final da Copa da Alemanha-2006, a seleção brasileira busca não só um lugar entre os quatro melhores do torneio como também a revanche da derrota por 3 a 0 na final de 1998.

"É a primeira vez que ouço falar disso [de revanche]", chegou a dizer o técnico Parreira na entrevista coletiva da véspera do jogo.

"Os jogadores não falaram nada sobre isso abertamente. Não tenho visto ninguém falar nada, nem da comissão técnica nem dos jogadores. Para mim, não existe revanche. Só quando acontecer outra final de Copa do Mundo [entre os dois países]", continuou.

Parreira fala sobre o jogo contra a França

"Nunca vi revanche em Copa do Mundo nas quartas-de-final. 98 já passou, já ficou para trás, a França foi campeã, naquele dia jogou melhor do que o Brasil, mereceu e acabou."

Dos três atletas do atual elenco que jogaram aquela final --Ronaldo, Cafu e Roberto Carlos--, nenhum concordou que há sentimento de revanche.

Voz dissonante entre os atletas, o volante Zé Roberto, porém, admitiu que o time joga para se redimir. "Ficou uma marca e essa marca tem tudo para ser apagada. Tem momentos na vida que não voltam mais, mas a vida nos proporcionou este momento e não vejo a hora de entrar em campo", disse.

Até ex-jogadores, como o goleiro Taffarel, que visitou um treino da seleção, confirmam o sentimento que a maior parte dos atletas tenta encobrir. "Cafu, não esquece de 1998", pediu o ex-goleiro, que afirmou não conseguir esquecer os três gols sofridos naquela partida.

O assunto foi inevitável durante a semana. O coordenador técnico Zagallo, técnico da equipe nacional na ocasião do vice-campeonato, disse considerar que a situação será diferente agora por um fator essencial: Ronaldo.

"Em 98, nós tivemos problemas de saúde com o Ronaldo. Ele vai jogar agora contra essa França sem problemas", lembrou. "Naquela decisão, a gente tem que levar em consideração o que se passou com a seleção brasileira. A França vinha jogando bem, mas nós também vínhamos jogando muito bem. O problema do Ronaldo naquele momento trouxe o desajuste total à equipe", continuou.

Ronaldo teve uma crise nervosa antes do jogo e teve que ser levado às pressas a uma clínica. Seu nome chegou a ficar fora da escalação oficial para o jogo, mas no último momento ele acabou entrando.

Novo mistério

Assim como na partida contra Gana, Parreira não divulgou o time que sai jogando neste sábado --iria revelá-lo aos jogadores em palestra na noite de sexta.

A tendência é que jogue o mesmo time das oitavas-de-final, mas Gilberto Silva pode ganhar a vaga de Emerson, que se recupera de uma entorse no joelho direito.

Kaká sofreu o mesmo problema, mas deve iniciar o jogo --se não puder atuar, Juninho deve ficar com a posição. No ataque, Robinho, que também volta de contusão --sofreu um problema muscular--, deve começar na reserva, mas pode ocupar a vaga de Adriano.

BRASIL
Dida, Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Emerson (Gilberto Silva), Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho; Adriano e Ronaldo.
Técnico: Carlos Alberto Parreira

FRANÇA
Barthez, Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Vieira, Makelele, Ribéry, Zidane e Malouda; Henry.
Técnico: Raymond Domenech

Local: Estádio de Frankfurt
Horário: 16h
Árbitro: Luís Medina Cantalejo (ESP)
Na TV: Globo, Bandsports, Bandnews, ESPN Brasil, Sportv e Directv

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a seleção brasileira
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