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03/07/2006
-
06h51
JOSÉ RICARDO LEITE
da Folha Online
Na chegada a São Paulo, o capitão da seleção brasileira Cafu ouviu gritos da torcida para que se aposente, causou tumulto entre os jornalistas e comparou o time que disputou o Mundial-06 ao de 1982.
O vôo que trouxe parte da delegação brasileira da Alemanha pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos por volta de 6h desta segunda-feira. Até 6h30, apenas três jogadores haviam passado pelo portão do desembarque: Cafu, Cris e Mineiro. Os demais saíram pela base aérea, sem dar as caras ao público ou à imprensa.
Quando o capitão da seleção apareceu houve uma grande confusão, mas não por causa da torcida. Os jornalistas, em grande número, invadiram a área restrita para tentar entrevistá-lo e fotografá-lo.
Depois do corre-corre inicial, ele foi ouvido e falou sobre a eliminação e a tão comentada renovação. "Não sou eu quem tem que decidir ou não. Isso fica a cargo da CBF e do próximo treinador. Ele vai ter o direito de renovar ou contar com os jogadores experientes."
"É impressionante como se fala em renovação após alguma derrota", continuou o jogador do Milan (ITA), que ressaltou que "essa Copa mostrou que os mais experientes podem jogar".
Ouça Cafu falando sobre a eliminação do Brasil na Copa
Essa, no entanto, não parece ser a opinião dos poucos torcedores que foram ao aeroporto receber os jogadores. Enquanto dava entrevista, Cafu ouvia algumas manifestações pejorativas: "Se aposenta", "idoso" e "velho".
Cafu tentou defender a seleção que disputou o Mundial e chegou até a compará-la com a de 1982. "Apesar de não ganhar, essa seleção ficou marcada positivamente, como a de 82, apesar de que não jogamos tão bonito".
"Somos campeões da Copa América e da Copa das Confederações. Temos que ser lembrados como uma geração vencedora. Não podem nos julgar por uma derrota, mas sim pelas vitórias", continuou.
Sobre o jogo contra a França, Cafu garantiu que não houve falta de vontade por parte dos jogadores. "Não faltou vontade. Perdemos porque não soubemos reagir depois de tomar o gol, não tivemos força".
"A lição que fica é que nem sempre o melhor vence. Éramos considerados os melhores e daríamos show, mas outras seleções nos surpreenderam", concluiu.
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Na chegada a São Paulo, o capitão da seleção brasileira Cafu ouviu gritos da torcida para que se aposente, causou tumulto entre os jornalistas e comparou o time que disputou o Mundial-06 ao de 1982.
O vôo que trouxe parte da delegação brasileira da Alemanha pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos por volta de 6h desta segunda-feira. Até 6h30, apenas três jogadores haviam passado pelo portão do desembarque: Cafu, Cris e Mineiro. Os demais saíram pela base aérea, sem dar as caras ao público ou à imprensa.
Quando o capitão da seleção apareceu houve uma grande confusão, mas não por causa da torcida. Os jornalistas, em grande número, invadiram a área restrita para tentar entrevistá-lo e fotografá-lo.
Depois do corre-corre inicial, ele foi ouvido e falou sobre a eliminação e a tão comentada renovação. "Não sou eu quem tem que decidir ou não. Isso fica a cargo da CBF e do próximo treinador. Ele vai ter o direito de renovar ou contar com os jogadores experientes."
"É impressionante como se fala em renovação após alguma derrota", continuou o jogador do Milan (ITA), que ressaltou que "essa Copa mostrou que os mais experientes podem jogar".
Ouça Cafu falando sobre a eliminação do Brasil na Copa
Essa, no entanto, não parece ser a opinião dos poucos torcedores que foram ao aeroporto receber os jogadores. Enquanto dava entrevista, Cafu ouvia algumas manifestações pejorativas: "Se aposenta", "idoso" e "velho".
Cafu tentou defender a seleção que disputou o Mundial e chegou até a compará-la com a de 1982. "Apesar de não ganhar, essa seleção ficou marcada positivamente, como a de 82, apesar de que não jogamos tão bonito".
"Somos campeões da Copa América e da Copa das Confederações. Temos que ser lembrados como uma geração vencedora. Não podem nos julgar por uma derrota, mas sim pelas vitórias", continuou.
Sobre o jogo contra a França, Cafu garantiu que não houve falta de vontade por parte dos jogadores. "Não faltou vontade. Perdemos porque não soubemos reagir depois de tomar o gol, não tivemos força".
"A lição que fica é que nem sempre o melhor vence. Éramos considerados os melhores e daríamos show, mas outras seleções nos surpreenderam", concluiu.
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