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03/07/2006 - 16h00

Maior vencedor, Zagallo conhece seu maior fracasso em Copas

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THIAGO BARROS RIBEIRO
da Folha Online

O veterano Mário Jorge Lobo Zagallo completou na Alemanha sua sétima Copa do Mundo como integrante da delegação brasileira. Com 74 anos, o ex-jogador e ex-treinador da seleção, deve ter encerrado da forma mais melancólica possível sua participação em Mundiais, já que, pela primeira vez, terminou fora dos quatro melhores do torneio.

O "único tetracampeão do mundo", como o próprio Zagallo gosta de se intitular, iniciou sua trajetória em Copas em 1958, quando foi titular dos seis jogos do Brasil, marcando, inclusive, um gol na final contra a Suécia, na vitória por 5 a 2 que deu aos brasileiros seu primeiro título mundial.

Quatro anos depois, no Chile, Zagallo novamente esteve presente em todas as partidas e anotou o primeiro tento brasileiro em terras chilenas, contra o México. Sagrou-se bicampeão do mundo num time que teve em Garrincha seu grande destaque.

Depois do fracasso de 1966, do qual não participou, Zagallo voltou como treinador em 1970. Deu um jeito de escalar Rivellino, Pelé e Tostão juntos no time titular e, com seis vitórias em seis jogos, dirigiu o Brasil na conquista definitiva da taça Jules Rimet.

Mantido como técnico, Zagallo teve em 1974 seu primeiro revés numa Copa do Mundo. Sucumbiu diante da Holanda, com seu famoso carrossel, comandado por Johan Cruyff e, em seguida, na disputa pelo terceiro lugar, perdeu também da Polônia.

Passaram-se então 20 anos longe de um Mundial. A volta veio em 1994, quando a seleção acumulava um jejum que datava justamente da conquista de 1970. Como coordenador técnico do time de Carlos Alberto Parreira, Zagallo tornou-se o primeiro homem a conseguir conquistar quatro títulos do mundo.

Com a saída de Parreira, o "Velho Lobo" assumiu o lugar de treinador. Chegou como favorito à França, mas viu Zinedine Zidane jogar o que ainda não havia jogado na Copa de 1998 e terminou a final com uma contundente derrota por 3 a 0.

Com 66 anos à época, a carreira de Zagallo na seleção era dada como encerrada depois do vice-campeonato. Porém, o alagoano foi convidado a reeditar com Parreira a dupla que tivera sucesso em 1994.

Chegaram à Alemanha com um elenco aclamado como um dos mais brilhantes da história da seleção brasileira. Mas desse elenco não conseguiram fazer um time.

A derrota por 1 a 0 para a França, nas quartas-de-final, além da surpresa causada em Parreira, "presenteou" Zagallo com seu maior fracasso em Copas: pela primeira vez, voltou para a casa fora dos quatro melhores, uma semana antes do fim do torneio. Uma carreira vitoriosa merecia um desfecho mais honroso.

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