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04/07/2006
-
07h46
THIAGO ARANTES
da Folha Online
Em 1974, jogando em casa, a Alemanha conquistou seu segundo título mundial tendo Franz Beckenbauer como comandante dentro de campo. Dezesseis anos depois, em 1990, o líbero se transformou em técnico para guiar o país ao tricampeonato.
Passaram-se outros dezesseis anos, a Copa voltou a ser disputada no país, e a história pode se repetir. Jürgen Klinsmann, referência do ataque no time tricampeão, é o treinador do grupo que pode garantir o quarto título.
Para motivar seus jogadores, o comandante nega as coincidências e adota outro discurso. "Caso sejamos campeões, será nossa primeira conquista, não a quarta", afirmou.
O argumento do técnico é simples: nos três triunfos --1954, 1974 e 1990--, o país competia com a bandeira da Alemanha Ocidental. A reunificação só aconteceu em outubro de 1990, meses depois da vitória por 1 a 0 sobre a Argentina na final.
A estratégia motivacional de Klinsmann tem funcionado: depois de ser criticada por torcedores e imprensa, a equipe alemã fez a segunda melhor campanha da primeira fase do Mundial --atrás apenas da Espanha, pelo saldo de gols.
Nas oitavas-de-final, os alemães passaram com relativa facilidade pela Suécia por 2 a 0. O desafio seguinte, diante da Argentina, só foi vencido nos pênaltis --4 a 2, depois de empate por 1 a 1 no tempo regulamentar. A partida teve contornos dramáticos e foi classificada por Klinsmann como "um filme de Hitchcock".
O trabalho conquistou também a federação de futebol do país. Após o Mundial, um novo contrato deve ser oferecido ao treinador, que chegou a ter sua demissão pedida por --coincidência, ou não-- Franz Beckenbauer.
Especial
Leia cobertura completa da Copa do Mundo-2006
Klinsmann tenta repetir Beckenbauer e levar alemães a título "inédito"
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Em 1974, jogando em casa, a Alemanha conquistou seu segundo título mundial tendo Franz Beckenbauer como comandante dentro de campo. Dezesseis anos depois, em 1990, o líbero se transformou em técnico para guiar o país ao tricampeonato.
Passaram-se outros dezesseis anos, a Copa voltou a ser disputada no país, e a história pode se repetir. Jürgen Klinsmann, referência do ataque no time tricampeão, é o treinador do grupo que pode garantir o quarto título.
Para motivar seus jogadores, o comandante nega as coincidências e adota outro discurso. "Caso sejamos campeões, será nossa primeira conquista, não a quarta", afirmou.
O argumento do técnico é simples: nos três triunfos --1954, 1974 e 1990--, o país competia com a bandeira da Alemanha Ocidental. A reunificação só aconteceu em outubro de 1990, meses depois da vitória por 1 a 0 sobre a Argentina na final.
A estratégia motivacional de Klinsmann tem funcionado: depois de ser criticada por torcedores e imprensa, a equipe alemã fez a segunda melhor campanha da primeira fase do Mundial --atrás apenas da Espanha, pelo saldo de gols.
Nas oitavas-de-final, os alemães passaram com relativa facilidade pela Suécia por 2 a 0. O desafio seguinte, diante da Argentina, só foi vencido nos pênaltis --4 a 2, depois de empate por 1 a 1 no tempo regulamentar. A partida teve contornos dramáticos e foi classificada por Klinsmann como "um filme de Hitchcock".
O trabalho conquistou também a federação de futebol do país. Após o Mundial, um novo contrato deve ser oferecido ao treinador, que chegou a ter sua demissão pedida por --coincidência, ou não-- Franz Beckenbauer.
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