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08/07/2006
-
11h16
RODRIGO BUENO
da Folha de S.Paulo, em Stuttgart
A Copa da Alemanha foi cruel com os fregueses e deliciosa para os carrascos. Que o digam as grandes forças do futebol.
Desde a primeira fase, alguns compromissos que apareciam como tabus ou desafios de longa data não caíram. Oportunidades de revanche, como a do Brasil contra a França, surgiram, mas os algozes fizeram prevalecer a escrita recente.
Portugal de Luiz Felipe Scolari é um grande exemplo de como os retrospectos parecem ter sido decisivos. No mata-mata, o time de Scolari despachou tanto Holanda quanto Inglaterra, times que havia batido na Euro-2004 com o gaúcho no comando da seleção portuguesa.
Os holandeses só conseguiram uma vitória em dez jogos contra Portugal na história. Sucumbiram de novo e tiveram a fama de time que joga bonito arranhada no jogo mais violento da história das Copas. Os ingleses, por sua vez, não podem nem ouvir o nome de Scolari.
Foi o terceiro torneio importante seguido caindo nas quartas-de-final diante do brasileiro. A imprensa inglesa vê Scolari como uma maldição já na vida do English Team, tanto que muitos o queriam na equipe.
A Inglaterra já havia penado na primeira fase com um antigo carrasco. A Suécia pode não ser uma potência, mas não perde dos ingleses desde 1968 -são agora 12 jogos no período. O 2 a 2 na Alemanha manteve o tabu sueco diante do time de Sven-Göran Eriksson, já ex-técnico.
As duas semifinais consagraram fregueses. Se Portugal vai bem contra Inglaterra e Holanda, morre de medo da França. Scolari, jogadores, dirigentes e jornalistas lusos sempre lembraram da dificuldade do país em bater franceses. Eliminados pelos rivais nas semifinais da Euro em 1984 e em 2000, caíram de novo por 1 a 0. Zidane, que havia feito gol de pênalti na morte súbita na Euro-2000, repetiu a dose no tempo normal --Portugal segue sem dobrar a França desde os anos 70.
A Alemanha, por sua vez, tem um histórico mais que complicado contra a Itália. Os italianos levam boa vantagem e jamais foram derrotados em Copas --já venceram final, em 1982, e semifinal épica, em 1970. Desta vez, coube à Azzurra eliminar os alemães dentro de sua própria casa.
O Brasil ruiu de novo diante da França de Zidane, algoz na final do Mundial de 1998, mas ao menos manteve seu tabu de jamais ter perdido para um africano em Copas. Manteve essa sina ao bater Gana.
A Argentina, exceção feita à final da Copa-78, quando jogou em casa, não derrota a Holanda. Na primeira fase, ficou no empate com os holandeses (0 a 0), que já a eliminaram em 1974 e 1998.
Espanhóis, assim como brasileiros, fizeram excelente campanha na fase inicial da Copa, mas caíram diante dos franceses. A França venceu a final da Euro-84 ante os espanhóis. Venceu também nas quartas da Euro-00.
Especial
Leia cobertura completa da Copa do Mundo-2006
Mundial alemão confirma velhas freguesias da bola
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da Folha de S.Paulo, em Stuttgart
A Copa da Alemanha foi cruel com os fregueses e deliciosa para os carrascos. Que o digam as grandes forças do futebol.
Desde a primeira fase, alguns compromissos que apareciam como tabus ou desafios de longa data não caíram. Oportunidades de revanche, como a do Brasil contra a França, surgiram, mas os algozes fizeram prevalecer a escrita recente.
Portugal de Luiz Felipe Scolari é um grande exemplo de como os retrospectos parecem ter sido decisivos. No mata-mata, o time de Scolari despachou tanto Holanda quanto Inglaterra, times que havia batido na Euro-2004 com o gaúcho no comando da seleção portuguesa.
Os holandeses só conseguiram uma vitória em dez jogos contra Portugal na história. Sucumbiram de novo e tiveram a fama de time que joga bonito arranhada no jogo mais violento da história das Copas. Os ingleses, por sua vez, não podem nem ouvir o nome de Scolari.
Foi o terceiro torneio importante seguido caindo nas quartas-de-final diante do brasileiro. A imprensa inglesa vê Scolari como uma maldição já na vida do English Team, tanto que muitos o queriam na equipe.
A Inglaterra já havia penado na primeira fase com um antigo carrasco. A Suécia pode não ser uma potência, mas não perde dos ingleses desde 1968 -são agora 12 jogos no período. O 2 a 2 na Alemanha manteve o tabu sueco diante do time de Sven-Göran Eriksson, já ex-técnico.
As duas semifinais consagraram fregueses. Se Portugal vai bem contra Inglaterra e Holanda, morre de medo da França. Scolari, jogadores, dirigentes e jornalistas lusos sempre lembraram da dificuldade do país em bater franceses. Eliminados pelos rivais nas semifinais da Euro em 1984 e em 2000, caíram de novo por 1 a 0. Zidane, que havia feito gol de pênalti na morte súbita na Euro-2000, repetiu a dose no tempo normal --Portugal segue sem dobrar a França desde os anos 70.
A Alemanha, por sua vez, tem um histórico mais que complicado contra a Itália. Os italianos levam boa vantagem e jamais foram derrotados em Copas --já venceram final, em 1982, e semifinal épica, em 1970. Desta vez, coube à Azzurra eliminar os alemães dentro de sua própria casa.
O Brasil ruiu de novo diante da França de Zidane, algoz na final do Mundial de 1998, mas ao menos manteve seu tabu de jamais ter perdido para um africano em Copas. Manteve essa sina ao bater Gana.
A Argentina, exceção feita à final da Copa-78, quando jogou em casa, não derrota a Holanda. Na primeira fase, ficou no empate com os holandeses (0 a 0), que já a eliminaram em 1974 e 1998.
Espanhóis, assim como brasileiros, fizeram excelente campanha na fase inicial da Copa, mas caíram diante dos franceses. A França venceu a final da Euro-84 ante os espanhóis. Venceu também nas quartas da Euro-00.
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