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09/07/2006 - 08h02

Antes do fim, melhor geração francesa busca o bicampeonato mundial

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RAFAEL REIS
da Folha Online

Com diversos jogadores prestes a se despedir da seleção, a mais vitoriosa geração francesa de todos os tempos tenta, neste domingo, quando enfrenta a Itália, em Berlim, dar o seu último suspiro e conquistar pela segunda vez a Copa do Mundo.

Com um elenco bastante desgastado pela idade --são oito jogadores "trintões", Barthez, Zidane, Thuram, Coupet, Makelele, Dhorasoo, Wiltord e Vieira-- o time de Raymond Domenech irá apostar na qualidade e na técnica do grupo responsável por levar a França ao topo do futebol do planeta.

Apesar de ter tradição no esporte (terminou na terceira posição os Mundiais de 1958 e 1986 e foi quarta colocada na Copa de 82), a seleção francesa só passou a ser uma das "protagonistas" do futebol após o surgimento da geração de Zidane, que rivaliza com Platini, ídolo dos anos 80, pelo posto de maior jogador do país.

A equipe atual começou a ser formada em 1994, depois do fracasso no Mundial daquele ano, quando o time, comandado por Cantona, Ginola e Papin, não conseguiu passar pelas eliminatórias européias. Com isso, não foi para o Mundial dos Estados Unidos.

Disposta a se renovar, a França convocou pela primeira os "então garotos" Barthez, Thuram e Zidane, que brilhariam posteriormente.

A nova geração, que ainda contava com alguns remanescentes do "passado triste", como Blanc e Deschamps, teve sua primeira grande oportunidade na Copa de 1998, realizada no próprio país.

Reforçada por Vieira, Henry e Trezeguet, aproveitou o apoio da torcida e, após vencer o Brasil por 3 a 0, em Saint Dennis, chegou ao seu primeiro título mundial.

A conquista teve efeito imediato. Se antes a França era considerada apenas um bom time, naquele momento passou a ser temida e respeitada --como exemplo, o craque do time, Zinedine Zidane, autor de dois gols naquela decisão, foi eleito o melhor jogador de 1998, pela Fifa.

Em 2000, uma nova chance de provar o valor da geração --a Eurocopa, sediada em conjunto por Holanda e Bélgica. Com a entrada do atacante Wiltord, o time conseguiu uma virada histórica e derrotou a Itália, rival de hoje, na decisão e conquistou o seu segundo título continental --a geração de Platini havia vencido o torneio de 1984.

No ano seguinte, a seleção francesa levou uma equipe mista para a disputa da Copa das Confederações, na Ásia. Foi a chance ideal para atletas como Sagnol, Coupet, Silvestre e Landreau começarem a se destacar e assegurarem vaga no elenco principal.

Após derrotar o Japão por 1 a 0, com gol de Vieira, a França chegou ao seu terceiro título consecutivo, o que a credenciou como favorita para o Mundial de 2002.

Entretanto, na Copa, na primeira competição importante de Makelele, o time decepcionou. Com Zidane enfrentando problemas físicos, a equipe treinada por Roger Lemerre deixou a competição ainda na primeira fase sem marcar gol.

Com menos badalação, os europeus reencontraram o caminho da vitória na Copa das Confederações de 2003, disputada na própria França. Com Boumsong, Gallas e Govou na equipe, os anfitriões venceram Camarões por 1 a 0 e conquistaram o bicampeonato da competição.

Entretanto, a alegria durou pouco. No Campeonato Europeu do ano seguinte, em Portugal, nova decepção. Após vencer Suíça e Inglaterra e empatar com a Croácia na primeira fase, o time, que tinha o reforço de Saha, acabou sendo surpreendido e eliminado pela Grécia nas quartas-de-final do torneio.

Após o inesperado fracasso, Zidane, Thuram, Lizarazu (outro remanescente de 1998) e Makelele anunciaram a aposentadoria da seleção. Com isso, o treinador Raymond Domenech foi obrigado a apostar em novos nomes, como Abidal, Givet, Dhorasoo, Diarra e Malouda.

Em um primeiro momento, o processo de renovação falhou. Sentindo a falta dos jogadores experientes, a França derrapava e via a classificação para a Copa do Mundo ficar distante.

Foi preciso a volta dos "aposentados" --com exceção de Lizarazu-- para o time voltar a vencer e, em uma disputa eletrizante com Suíça, Israel e Irlanda, garantir uma vaga na principal competição do planeta.

Com Ribéry e Chimbonda incorporados ao grupo pouco tempo antes do torneio, a França chegou ao Mundial desacreditada devido à alta média de idade do time.

Após um início preocupante --empatou com Suíça e Coréia do Sul--, os franceses foram crescendo no torneio e derrotaram, em seqüência, Togo, Espanha, Brasil e Portugal até chegarem à partida que pode encerrar com brilho a geração de Zidane.

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