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09/07/2006 - 11h17

Retrospecto projeta decisão de poucos gols em Berlim

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FÁBIO VICTOR
PAULO COBOS
GUILHERME ROSEGUINI
RICARDO PERRONE

da Folha de S.Paulo, em Duisburgo e Berlim

Numa final tudo pode acontecer, diz o chavão do futebol. Mas, se a estatística conta, a decisão de hoje entre França e Itália promete ser uma das menos goleadoras da história das Copas, iniciada em 1930.

Nunca o jogo decisivo de um Mundial reuniu seleções que fizeram jogos com tão poucos gols como o de Berlim, no Estádio Olímpico. Isso levando-se em conta tanto os números absolutos como a média.

Foram 12 partidas com os dois times em campo até agora na Alemanha. Neles, a rede balançou só 22 vezes, ou duas a menos do que ocorreu com alemães e argentinos antes da decisão de 1986, que até então detinha o recorde negativo.

O índice de 1,83 gol dos jogos dos franceses e italianos nesta Copa é a única dos finalistas que fica abaixo dos dois tentos. Também fica distante da já tímida média geral da Copa-06 -2,3 gols até o jogo de hoje.

A França, que já foi famosa por um jogo ofensivo, é quem mais ajuda a puxar a conta para baixo -em seus seis jogos até aqui no Mundial, a média ficou em 1,67 gol por confronto (marcou oito e sofreu dois). Na Itália, esse número foi de exatos dois tentos (fez 11 e sofreu um), marca superada até pelo time que foi campeão em 1982.

E não serve como desculpa que os tempos mudaram ou que jogos envolvendo grandes têm menos gols. Em 2002, Brasil e Alemanha tinham uma média conjunta de gols antes da decisão que se aproximava de três, assim como em 1998, com franceses e brasileiros.

Com finalistas desse estilo, numa Copa que deve ser a segunda em que a rede menos balançou, a Fifa até anunciou grupos para estudar a artilharia baixa e analisar medidas para que a tendência seja alterada.

O desenho tático dos finalistas ajuda a explicar a seca de gols. Os dois lados só têm um atacante fixo. São também times com volantes eficientes e zagueiros de alto nível. E equipes envelhecidas, que quase sempre saíram na frente e depois administraram o placar.

E, apesar da falta de emoção, os dois lados estão contentes com a forma como atuam.

"Somos um time que tem uma grande capacidade de compactação. Assim, induzimos o rival ao erro e partimos com força para o ataque", disse o zagueiro italiano Cannavaro.

"Eu me sinto ainda mais seguro agora. Não tenho qualquer receio quando o time adversário nos ataca", afirmou o goleiro italiano Buffon. "Nos defendemos como leões", falou o atacante francês Henry.

"Somos um time que gosta de ganhar. Para isso, não decidimos fortificar mais a defesa ou o ataque. Procuramos o balanço, a coerência. Acho que conseguimos marcar 11 gols e só levar um porque pensamos no jogo como um todo", disse o técnico italiano, Marcello Lippi.

O retrospecto também não incomoda o treinador francês Raymond Domenech. "Será um jogo como qualquer outro."

Hoje, ambos os times esperam problemas. "Teremos muitas dificuldades para penetrar na defesa deles", comentou o lateral-direito Sagnol. "Não há como marcar Zidane", lamentou o volante Gattuso.

Para a partida de hoje, cada time terá um desfalque. Na França, ele não é tão importante. Suspenso, o atacante Saha, que nem primeira opção do setor é, fica de fora. Já a Itália não contará com o zagueiro Nesta, que está machucado.

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