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09/07/2006 - 20h08

Como em 82, Itália chegou à Copa pressionada e respondeu em campo

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da Folha Online

A seleção italiana, que neste domingo conquistou seu tetracampeonato mundial, chegou aos gramados da Alemanha com um clima idêntico ao que antecedeu a campanha da seleção no Mundial da Espanha, há 24 anos. Na ocasião, os italianos também levaram a taça para casa.

Em 82, a seleção italiana sofria com a desconfiança da torcida e tinha resgatado do limbo um jogador punido exatamente por atuar num esquema de apostas clandestinas, Paolo Rossi, que se tornaria o carrasco do Brasil --marcou os gols da vitória por 3 a 2 na segunda fase, resultado que eliminou os sul-americanos da competição.

O clima antes do torneio da Alemanha não era nada melhor. Durante o treinamento pré-Copa, jogadores foram acusados de participação no escândalo de apostas ilegais e arranjo de resultados que abalou o país.

Diante das bombásticas revelações de favorecimento à Juventus (campeã em quatro dos últimos cinco torneios), a cobrança era enorme.

O goleiro Gianluigi Buffon, da Juventus, que estaria envolvido no esquema, sentiu a ira da torcida: foi chamado de "ladrone" (ladrão) por torcedores furiosos.

Assim como Rossi em 82, Buffon deu a volta por cima: com ótimas atuações, ajudou o time a conquistar o título e volta para casa com o título de melhor goleiro do Mundial-2006.

O zagueiro Fabio Cannavaro (também da Juventus), capitão do time e com ótimo desempenho na competição, foi outro alvo do protesto por ter defendido o ex-diretor de seu clube, Luciano Moggi, pivô da investigação judicial --era muito próximo dos designadores de arbitragem.

Com os resultados em campo, o clima foi mudando e os jogadores receberam apoio dos torcedores. Neste sábado, com a vitória nos pênaltis contra a França, os torcedores tomaram as ruas do país para comemorar.

No entanto, a promessa é de que não haverá perdão ao envolvidos no esquema de corrupção.

A Justiça italiana pediu o rebaixamento de Juventus, Fiorentina, Lazio e Milan devido ao "escândalo dos resultados arranjados". A decisão do imbróglio deve sair até o dia 20, data-limite imposta pela Uefa para a definição das vagas italianas para os campeonatos europeus da próxima temporada.

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