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10/07/2006
-
07h21
FÁBIO VICTOR
GUILHERME ROSEGUINI
RICARDO PERRONE
RODRIGO BUENO
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Berlim
Antes da Copa, alguns poderiam pensar que o escândalo de manipulação de jogos no Campeonato Italiano, envolvendo os clubes de 13 dos 23 atletas da seleção, poderiam desconcentrar e prejudicar o time.
Após erguer a taça, contudo, os italianos deram demonstrações contundentes de que os problemas nos bastidores ocuparam papel crucial na campanha do tetracampeonato.
"Se o escândalo não tivesse ocorrido, eu acho que não teríamos vencido a Copa. Tudo o que ocorreu nos deu muita força", diz Gattuso.
"Sabíamos que, se perdêssemos a Copa, ajudaríamos a aumentar a crise do futebol em nosso país. Isso nos fez mais fortes. As investigações devem continuar, mas defendemos nossa honra. Independentemente do que ocorreu, mostramos a força da Itália", afirma o capitão Cannavaro.
A partida foi especial para ele, não apenas pelo resultado final. Contra a França, ele completou cem jogos pela Azzurra. "Para quem era apenas um gandula nas semifinais da Copa de 1990, alcançar uma marca histórica em uma final de Copa é a coroação de um sonho."
Aos 32 anos, o zagueiro sabe que dificilmente disputará um outro Mundial. "Joguei tudo o que pude. O técnico confiou em mim, eu precisava retribuir."
Antes da final, Marcello Lippi já havia dito que considerava Cannavaro o melhor defensor em atividade no futebol.
Após ver seu jogador erguer a taça, voltou a derramar elogios. "Para mim, não há dúvida: nenhum zagueiro no mundo consegue atuar com tanta precisão. Só posso agradecer por tê-lo ao meu lado", afirma.
Lippi também mencionou os momentos difíceis enfrentados pelo goleiro Gianluigi Buffon, que sofreu com contusões antes de a Copa começar e teve atuação decisiva na campanha e na final --especialmente ao defender cabeçada de Zidane na prorrogação.
"A confiança que ele passou ao grupo é algo digno dos grandes goleiros de nossa história."
Mesmo sem defender pênaltis, Lippi acredita que o goleiro desempenhou função decisiva. "Ele é muito respeitado. Fica difícil para um rival fazer uma cobrança tranqüilo sabendo que do outro lado está um goleiro que só havia levado um gol na Copa até chegar à final."
Para os que criticavam o fato de o Mundial ter sido decidido nos pênaltis, Lippi mandou um recado. "Não acho que as cobranças sejam uma loteria. É uma parte importante do treinamento e reflete a condição psicológica do grupo. Nós batemos todos com qualidade, com confiança. Estávamos com vontade de ganhar."
A Itália havia sido eliminada nos Mundiais de 1990 e 1998 e perdido a final de 1994 nos pênaltis.
Especial
Leia cobertura completa da Copa do Mundo-2006
Escândalo deu força para título, dizem italianos
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GUILHERME ROSEGUINI
RICARDO PERRONE
RODRIGO BUENO
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Berlim
Antes da Copa, alguns poderiam pensar que o escândalo de manipulação de jogos no Campeonato Italiano, envolvendo os clubes de 13 dos 23 atletas da seleção, poderiam desconcentrar e prejudicar o time.
Após erguer a taça, contudo, os italianos deram demonstrações contundentes de que os problemas nos bastidores ocuparam papel crucial na campanha do tetracampeonato.
"Se o escândalo não tivesse ocorrido, eu acho que não teríamos vencido a Copa. Tudo o que ocorreu nos deu muita força", diz Gattuso.
"Sabíamos que, se perdêssemos a Copa, ajudaríamos a aumentar a crise do futebol em nosso país. Isso nos fez mais fortes. As investigações devem continuar, mas defendemos nossa honra. Independentemente do que ocorreu, mostramos a força da Itália", afirma o capitão Cannavaro.
A partida foi especial para ele, não apenas pelo resultado final. Contra a França, ele completou cem jogos pela Azzurra. "Para quem era apenas um gandula nas semifinais da Copa de 1990, alcançar uma marca histórica em uma final de Copa é a coroação de um sonho."
Aos 32 anos, o zagueiro sabe que dificilmente disputará um outro Mundial. "Joguei tudo o que pude. O técnico confiou em mim, eu precisava retribuir."
Antes da final, Marcello Lippi já havia dito que considerava Cannavaro o melhor defensor em atividade no futebol.
Após ver seu jogador erguer a taça, voltou a derramar elogios. "Para mim, não há dúvida: nenhum zagueiro no mundo consegue atuar com tanta precisão. Só posso agradecer por tê-lo ao meu lado", afirma.
Lippi também mencionou os momentos difíceis enfrentados pelo goleiro Gianluigi Buffon, que sofreu com contusões antes de a Copa começar e teve atuação decisiva na campanha e na final --especialmente ao defender cabeçada de Zidane na prorrogação.
"A confiança que ele passou ao grupo é algo digno dos grandes goleiros de nossa história."
Mesmo sem defender pênaltis, Lippi acredita que o goleiro desempenhou função decisiva. "Ele é muito respeitado. Fica difícil para um rival fazer uma cobrança tranqüilo sabendo que do outro lado está um goleiro que só havia levado um gol na Copa até chegar à final."
Para os que criticavam o fato de o Mundial ter sido decidido nos pênaltis, Lippi mandou um recado. "Não acho que as cobranças sejam uma loteria. É uma parte importante do treinamento e reflete a condição psicológica do grupo. Nós batemos todos com qualidade, com confiança. Estávamos com vontade de ganhar."
A Itália havia sido eliminada nos Mundiais de 1990 e 1998 e perdido a final de 1994 nos pênaltis.
Especial
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