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15/08/2006
-
09h32
PAULO COBOS
TONI ASSIS
da Folha de S.Paulo
Quando elas se formaram, Internacional e São Paulo despertaram de um longo sono. E, no duelo mais importante da história entre os clubes, na decisão da Libertadores, quarta-feira, a presença de uma e a ausência da outra pode ser decisiva.
Os gaúchos terão no ataque Fernandão e Rafael Sobis. Os paulistas não contam com Josué, suspenso, e terão Mineiro fora de sua condição ideal. Os vaidosos e articulados atacantes do Inter e os discretos e tímidos volantes do São Paulo são os protagonistas da ascensão recente dos dois clubes.
Desde que Fernandão, 28, e Sobis, 21, passaram a jogar juntos, em 2004, o Inter conseguiu sobressair fora das fronteiras do RS --antes da final da Libertadores, foi vice-campeão nacional (sua melhor campanha em mais de uma década). Em todas as campanhas desde o início de 2005, o aproveitamento do time supera os 50%.
A dupla marcou 40% dos gols do Inter desde que foi montada. Em 2006, sua importância é ainda mais nítida. Neste ano, o time perdeu cinco jogos. Em quatro, não teve um ou os dois avantes. No outro, alinhou os dois, mas Fernandão atuou recuado, no meio-campo.
No São Paulo, a dupla não é de marcar tantos gols, mas tem uma responsabilidade bem maior: fazer a máquina são-paulina funcionar. "Eles dois juntos [Mineiro e Josué] dão o equilíbrio de que o time precisa, tanto para atacar como para defender. São muito experientes, não se intimidam e jogam com uma raça que empolga qualquer torcedor", afirma o treinador Muricy Ramalho.
Sem Josué, expulso no jogo de ida, Muricy não esconde a preocupação para montar o time. "O Josué centraliza uma faixa de campo muito grande. Contra o Goiás [anteontem, pelo Brasileiro], mesmo sem estar entrosado com os outros jogadores, administrou o setor de defesa e liberou jogadores para os contra-ataques. Ele realmente é muito importante."
Já Mineiro, que teve o tornozelo atingido e só agüentou os 90 minutos contra o Inter no Morumbi por ser "raçudo", segundo Muricy, tem feito tratamento. De acordo com o superintendente Marco Aurélio Cunha, o intervalo de tempo vai permitir a escalação do volante.
De jogador discreto e voluntarioso que chegou do São Caetano, o atleta viu sua realidade mudar aos olhos da torcida ao fazer o gol do título do Mundial de Clubes-2005, no Japão.
Depois disso, marcou de bicicleta, fez gol driblando o goleiro, tornou freqüentes suas investidas ao ataque e até foi para a Copa da Alemanha. "Eu só apareço porque o time todo joga em razão do objetivo. Não existe vaidade, e sim a união para ganhar títulos", diz Mineiro.
Especial
Leia cobertura completa da Libertadores-2006
Decisão da Libertadores opõe duplas decisivas
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TONI ASSIS
da Folha de S.Paulo
Quando elas se formaram, Internacional e São Paulo despertaram de um longo sono. E, no duelo mais importante da história entre os clubes, na decisão da Libertadores, quarta-feira, a presença de uma e a ausência da outra pode ser decisiva.
Os gaúchos terão no ataque Fernandão e Rafael Sobis. Os paulistas não contam com Josué, suspenso, e terão Mineiro fora de sua condição ideal. Os vaidosos e articulados atacantes do Inter e os discretos e tímidos volantes do São Paulo são os protagonistas da ascensão recente dos dois clubes.
Desde que Fernandão, 28, e Sobis, 21, passaram a jogar juntos, em 2004, o Inter conseguiu sobressair fora das fronteiras do RS --antes da final da Libertadores, foi vice-campeão nacional (sua melhor campanha em mais de uma década). Em todas as campanhas desde o início de 2005, o aproveitamento do time supera os 50%.
A dupla marcou 40% dos gols do Inter desde que foi montada. Em 2006, sua importância é ainda mais nítida. Neste ano, o time perdeu cinco jogos. Em quatro, não teve um ou os dois avantes. No outro, alinhou os dois, mas Fernandão atuou recuado, no meio-campo.
No São Paulo, a dupla não é de marcar tantos gols, mas tem uma responsabilidade bem maior: fazer a máquina são-paulina funcionar. "Eles dois juntos [Mineiro e Josué] dão o equilíbrio de que o time precisa, tanto para atacar como para defender. São muito experientes, não se intimidam e jogam com uma raça que empolga qualquer torcedor", afirma o treinador Muricy Ramalho.
Sem Josué, expulso no jogo de ida, Muricy não esconde a preocupação para montar o time. "O Josué centraliza uma faixa de campo muito grande. Contra o Goiás [anteontem, pelo Brasileiro], mesmo sem estar entrosado com os outros jogadores, administrou o setor de defesa e liberou jogadores para os contra-ataques. Ele realmente é muito importante."
Já Mineiro, que teve o tornozelo atingido e só agüentou os 90 minutos contra o Inter no Morumbi por ser "raçudo", segundo Muricy, tem feito tratamento. De acordo com o superintendente Marco Aurélio Cunha, o intervalo de tempo vai permitir a escalação do volante.
De jogador discreto e voluntarioso que chegou do São Caetano, o atleta viu sua realidade mudar aos olhos da torcida ao fazer o gol do título do Mundial de Clubes-2005, no Japão.
Depois disso, marcou de bicicleta, fez gol driblando o goleiro, tornou freqüentes suas investidas ao ataque e até foi para a Copa da Alemanha. "Eu só apareço porque o time todo joga em razão do objetivo. Não existe vaidade, e sim a união para ganhar títulos", diz Mineiro.
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