Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/10/2006 - 11h17

Após caos, Brasileiro se aproxima do fim sem interferência do tapetão

Publicidade

RODRIGO BUENO
RODRIGO MATTOS
da Folha de S.Paulo

Depois de uma de suas edições mais conturbadas, o Brasileiro prima pela calmaria fora das quatro linhas. Pela primeira vez na história dos pontos corridos, o torneio não tem, pelo menos até a atual 29ª rodada, nem um asterisco sequer.

Se no ano passado 11 partidas foram anuladas por estarem "contaminadas", segundo o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), agora não há sinal de tapetão na tabela.

E, apesar da gritaria em volta do campo, a Comissão de Arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) recebeu apenas duas reclamações formais de clubes.

Só quatro juízes e assistentes foram para a geladeira, sendo todos já reintegrados -os asteriscos na tabela de 2005 referiam-se à suposta manipulação de resultados nos jogos apitados pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho.

Entre outros fatores, o cenário atual sem tapetão é fruto da troca no comando do STJD, com a saída do polêmico Luiz Zveiter, pivô da anulação dos jogos. Entrou seu aliado Rubens Approbato, mais contido. Além disso, alterações na legislação desportiva acabaram com a enxurrada de pedidos de impugnações de partidas.

Agora, apenas são iniciados processos de anulação de jogos por inscrição irregular se a procuradoria aprovar --esses eram os casos mais comuns de impugnação. Anteriormente, bastava a denúncia do clube.

"Foram quase inexistentes os pedidos de impugnação de partidas neste ano', afirma Approbato. "Os clubes estão mais atentos aos registros de jogadores, assim como a CBF."

O caso mais polêmico em 2006 envolveu o atacante De Nigris, cuja inscrição pelo Santos foi questionada porque estava fora do prazo. Mas o atleta foi considerado regular.

Approbato ainda ressaltou que só deu "um ou dois efeitos suspensivos" às decisões do tribunal. Assim, as suspensões dadas pelas Justiça Desportiva são quase sempre cumpridas.

Com Luiz Zveiter, o então vascaíno Edmundo disputou a partida final do Brasileiro de 1997 apesar de expulso no jogo anterior, o confronto de ida da decisão contra o Palmeiras.

Outra decisão questionável aconteceu em 1999, quando Sérgio Zveiter, irmão de Luiz, presidia o STJD. Foram retirados pontos do São Paulo no Brasileiro por causa de Sandro Hiroshi. Isso impediu o rebaixamento do Botafogo, time do coração da família Zveiter.

Também no comando da arbitragem da CBF saiu um personagem polêmico após o escândalo do apito do ano passado. Armando Marques foi trocado por Édson Rezende.

Dentro de campo até recrudesceram as reclamações contra os juízes, como se vê nas entrevistas de vários técnicos, como Emerson Leão e Vanderlei Luxemburgo, especialmente.

Mas, formalmente, só Botafogo e São Paulo mandaram ofícios reclamando de árbitros. Os são-paulinos protestaram contra Carlos Eugênio Simon, em jogo com o Flamengo. E os botafoguenses gritaram contra Paulo Henrique Godoy, árbitro de partida com o Corinthians.

Nenhum dos dois foi afastado. Mas Rezende admite que evita escalá-los em jogos dos reclamantes, embora isso não seja uma regra. "Não podemos trabalhar com veto. Se pegar isso, não tenho condição de trabalhar porque os clubes passam a fazer a escala", explica.

Os quatro membros do quadro de arbitragem colocados na geladeira foram definidos por Rezende. Foram os assistentes Valter José dos Reis e Alfonso Scarpati e os juízes Édson Esperidião e Wilson Souza de Mendonça, já reintegrados.

O Dia das Crianças do ano passado abriu os jogos anulados do STJD. Assim, o Brasileiro já tem um ano sem tapetão.

Especial
  • Leia cobertura completa do Campeonato Brasileiro-2006
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página