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30/11/2006
-
09h24
EDUARDO ARRUDA
da Folha de S.Paulo
A falta de perspectivas em contratar reforços e a debandada de atletas começam a minar o relacionamento entre Emerson Leão e Alberto Dualib.
O técnico, que foi contratado pelo presidente corintiano para ser seu soldado na guerra com a MSI, tem se dado conta de que o clube vai entrar em um período de vacas magras sem os milhões de uma parceria.
Ontem, mal-humorado, o treinador fez seus primeiros ataques à cúpula corintiana.
"Promessas foram feitas [pela diretoria]. Já fiz [lista], já indiquei [atletas]. Precisamos de muitas reposições de peças. Sempre é importante sair de férias com o grupo definido. Comigo isso não vai acontecer", lamentou o treinador.
Com carta-branca dada por Dualib, Leão não notou o efeito colateral disso. Acabou se tornando pára-raios do cartola, assim como fora o ex-vice de futebol Antonio Roque Citadini.
Em silêncio com a imprensa, o cartola deixou para o treinador a incumbência de explicar as mazelas do futebol do clube.
O treinador se queixou disso pela primeira vez e ameaçou.
"É desagradável [se tornar o único porta-voz do clube], porque a toda hora tenho de falar sobre o que não me pertence, a parte diretiva", afirmou.
"Mas a única coisa que não quero é esconder o sol com a peneira, enganar o torcedor. Eu tenho os pés bem sólidos no chão", disse o técnico, em referência às promessas de contratações feitas a ele por Dualib.
O cartola, aliás, tem dito a aliados que chegarão R$ 20 milhões para investimentos no próximo ano. Nem aqueles mais próximos a Dualib acreditam nisso. Dizem que a promessa não passa de manobra eleitoral do presidente para assegurar a vitória de sua chapa na eleição dos conselheiros quadrienais em 2007.
À reportagem, o empresário Renato Duprat, que tem a missão de obter recursos para o clube, disse que jamais prometeu R$ 20 milhões. Contou que irá apresentar a investidores em Londres todos os contratos do Corinthians para tentar convencê-los a liberar dinheiro.
Segundo a reportagem apurou, a MSI, que está de saída do clube, duvida que Duprat consiga verba para o futebol.
Kia Joorabchian tem dito a pessoas próximas que Dualib não é confiável. Reclama que o corintiano não repassou à empresa cotas de TV, verbas de produtos licenciados e participações na venda de atletas.
"Se não tiver R$ 20 milhões, se tiver R$ 10 milhões, se tiver R$ 5 milhões, não importa. O que eu quero é um grupo de trabalho", desabafou Leão.
Ele disse ter passado três opções de reforços para algumas posições. Leão deseja principalmente meias e atacantes.
"Mas o que tem no Brasil todo mundo quer e o que está fora é caro demais", lamentou Leão, que pode ter o zagueiro Gustavo, do São Caetano, como reforço. "Ele trabalhou bem comigo", disse o treinador.
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"Enganado", Emerson Leão agora inicia ataque a Dualib
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da Folha de S.Paulo
A falta de perspectivas em contratar reforços e a debandada de atletas começam a minar o relacionamento entre Emerson Leão e Alberto Dualib.
O técnico, que foi contratado pelo presidente corintiano para ser seu soldado na guerra com a MSI, tem se dado conta de que o clube vai entrar em um período de vacas magras sem os milhões de uma parceria.
Ontem, mal-humorado, o treinador fez seus primeiros ataques à cúpula corintiana.
"Promessas foram feitas [pela diretoria]. Já fiz [lista], já indiquei [atletas]. Precisamos de muitas reposições de peças. Sempre é importante sair de férias com o grupo definido. Comigo isso não vai acontecer", lamentou o treinador.
Com carta-branca dada por Dualib, Leão não notou o efeito colateral disso. Acabou se tornando pára-raios do cartola, assim como fora o ex-vice de futebol Antonio Roque Citadini.
Em silêncio com a imprensa, o cartola deixou para o treinador a incumbência de explicar as mazelas do futebol do clube.
O treinador se queixou disso pela primeira vez e ameaçou.
"É desagradável [se tornar o único porta-voz do clube], porque a toda hora tenho de falar sobre o que não me pertence, a parte diretiva", afirmou.
"Mas a única coisa que não quero é esconder o sol com a peneira, enganar o torcedor. Eu tenho os pés bem sólidos no chão", disse o técnico, em referência às promessas de contratações feitas a ele por Dualib.
O cartola, aliás, tem dito a aliados que chegarão R$ 20 milhões para investimentos no próximo ano. Nem aqueles mais próximos a Dualib acreditam nisso. Dizem que a promessa não passa de manobra eleitoral do presidente para assegurar a vitória de sua chapa na eleição dos conselheiros quadrienais em 2007.
À reportagem, o empresário Renato Duprat, que tem a missão de obter recursos para o clube, disse que jamais prometeu R$ 20 milhões. Contou que irá apresentar a investidores em Londres todos os contratos do Corinthians para tentar convencê-los a liberar dinheiro.
Segundo a reportagem apurou, a MSI, que está de saída do clube, duvida que Duprat consiga verba para o futebol.
Kia Joorabchian tem dito a pessoas próximas que Dualib não é confiável. Reclama que o corintiano não repassou à empresa cotas de TV, verbas de produtos licenciados e participações na venda de atletas.
"Se não tiver R$ 20 milhões, se tiver R$ 10 milhões, se tiver R$ 5 milhões, não importa. O que eu quero é um grupo de trabalho", desabafou Leão.
Ele disse ter passado três opções de reforços para algumas posições. Leão deseja principalmente meias e atacantes.
"Mas o que tem no Brasil todo mundo quer e o que está fora é caro demais", lamentou Leão, que pode ter o zagueiro Gustavo, do São Caetano, como reforço. "Ele trabalhou bem comigo", disse o treinador.
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