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12/12/2006 - 10h39

Palmeiras volta a pagar menos de R$ 100 mil para treinador

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PAULO GALDIERI
da Folha de S.Paulo

A contratação de Caio Jr. tem sido tratada como símbolo da renovação na administração do futebol do Palmeiras. Porém, a chegada do jovem técnico ao Parque Antarctica reedita uma estratégia que já falhou no início da gestão do presidente Affonso della Monica.

O novo treinador palmeirense desembarca no Parque Antarctica após uma trajetória de sucesso com um time paranaense em um Campeonato Brasileiro. Assim como já fizera Paulo Bonamigo, em 2005.

E, assim como Bonamigo, Caio Jr. representa uma aposta relativamente barata num técnico da nova geração e em ascensão. Os R$ 60 mil mensais que o Palmeiras lhe pagará é a remuneração mais baixa paga a um técnico contratado na gestão de Affonso della Monica --valor semelhante ao que recebeu Bonamigo em cada um de seus dois meses no clube.

Estevam Soares e Candinho comandaram o time no início da administração do atual presidente, mas não foram contratados por sua diretoria. Estevam foi herança da gestão de Mustafá Contursi. Candinho, seu sucessor, chegou com o aval de um "conselho gestor" que tocou o futebol durante a transição de mandatos.

Entre a saída de Bonamigo e a chegada de Caio Jr., o Palmeiras deixou de lado as apostas em novos valores para comandar seus elencos. E gastou bastante para isso. Emerson Leão, Tite e Jair Picerni, que mal completou um mês no cargo, foram contratados com ganhos acima de R$ 100 mil mensais.

Todos eles, experientes, com passagens por vários times e títulos conquistados ao longo de suas carreiras, correspondem um perfil completamente diferente ao de Caio Jr.. Aos 41 anos, o novo treinador do Palmeiras ganhou notoriedade nacional ao levar o Paraná à Libertadores-2007. E chegou ao novo clube disposto a mostrar que seu sucesso não foi por acaso. Na apresentação oficial no CT do Palmeiras, Caio disse que seu primeiro objetivo é trabalhar o lado emocional do elenco. Na avaliação do técnico, a baixa auto-estima dos jogadores palmeirenses no Nacional foi fator preponderante da campanha desastrosa.

"Vejo como muito importante a questão psicológica no futebol. Eu tenho que conscientizar os jogadores que vamos ganhar um título. Não sei qual, mas vamos", disse Caio.

O treinador promete enxugar o elenco --quer trabalhar com, no máximo, 30 dos 52 atletas que terá à disposição. Para isso, já traçou o perfil do time que pretende montar. "Você tem que ter velocidade, força e jogadores versáteis."

A chegada de Caio marca a ascensão à diretoria de futebol de Gilberto Cipullo, conselheiro que por anos comandou ao lado de Luiz Gonzaga Belluzzo e Seraphim del Grande a oposição no Parque Antarctica.

O técnico, porém, evitou falar sobre eleições. "Não gostaria de entrar nesta questão", disse o treinador, que não deve ter problemas para se manter mesmo se o candidato de oposição, Roberto Frizzo, for eleito.

Caio ainda pontuou seu primeiro dia no Palmeiras com exaltação ao espírito coletivo. "Sem espírito coletivo você pode trazer o Pelé no auge da forma que não adianta."

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