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17/12/2006
-
07h51
PAULO GALDIERI
RENAN CACIOLI
RODRIGO BUENO
da Folha de S.Paulo
"Ficamos com a sensação de que talvez, se tivéssemos nos preparado melhor, se tivéssemos tido mais dias..."'
A frase é de Eusebio, um dos jogadores do Barcelona que há 14 anos esteve no Japão e perdeu a chance de conquistar o título mundial. Ela é a síntese da prova contrária de que todos os times europeus que viajam ao Japão para disputar o Mundial dão pouca ou nenhuma importância à conquista.
O sentimento de amargura pela perda em 1992 acompanha a equipe que neste domingo enfrenta o Internacional em Yokohama. Eusebio, ao lado de Txiki Begiristain representa aquela geração que levou a virada do São Paulo (2 a 1) e viu o Mundial se esvair, mesmo com todo o favoritismo a seu favor.
"Foi uma grande decepção'', diz Begiristain, no site oficial do Barcelona.
Por isso, ainda com as feridas abertas há 14 anos --a partida deste domingo é chamada pelo clube de "a segunda oportunidade''--, o 'Dream Team 2'', apelido que os torcedores deram à equipe atual, tenta apagar a decepção vivida pelo 'Dream Team 1''.
O Mundial foi o título que faltou para o grupo treinado pelo holandês Johan Cruyff, e que tinha um meio-campista estrangeiro, o búlgaro Hristo Stoichkov, como ícone de futebol técnico e bonito.
Buraco que o elenco dirigido pelo holandês Rijkaard e que tem a habilidade de Ronaldinho como a principal atração tenta consertar.
Uma eventual conquista neste domingo também faz da geração atual a mais prestigiada da história centenária do Barcelona. E pode ajudar a tirar a dúvida de qual dos times do sonhos é o melhor, já que as semelhanças entre eles transformam o exercício de comparação inevitável entre os torcedores.
A importância de suprir a ausência de um título mundial em sua galeria de troféus mostra-se pelas atitudes que a delegação atual tomou. O Barcelona procurou não cometer os mesmos erros de 1992.
Um deles foi chegar em cima da hora ao Japão. "Daquela vez chegamos três dias antes do jogo. A pergunta que nos fazíamos era quem havia dormido ou não. Isso custou mais a alguns do que a outros", relembra Begiristain.
Agora, o elenco chega ao confronto decisivo com uma semana de adaptação ao fuso horário do território japonês e depois de ter feito pelo menos três treinamentos.
Outra lição aprendida foi a da humildade. "Quando se enfrenta um rival de outro continente não se tem muitas referências. Não se sabe o nível que o adversário terá. Temos que estar preparados"', diz Eusebio. Em 1992, o Barcelona pouco ou nada fez para tentar conhecer o São Paulo antes de enfrentá-lo.
No entanto, talvez a principal lição para o "Dream Team 2"' não esteja no que eles tem de fazer, mas naquilo que eles não pretendem repetir. A triste viagem de volta à Espanha sem o inédito título de campeão mundial, narrada por Begiristain: "Foi estranha. Alguns de nós íamos depois com a seleção. Viajamos separados. E isso o Cruyff não gostou. Também, tinha razão. Quando se ganha, viajam todos juntos."'
Ronaldinho, Deco e companhia esperam poder voltar num astral diferente. Felizes e "colados"' uns nos outros. De preferência, com um cobiçado troféu no meio deles.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Mundial de Clubes
Espanhóis buscam único título que lhes falta
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RENAN CACIOLI
RODRIGO BUENO
da Folha de S.Paulo
"Ficamos com a sensação de que talvez, se tivéssemos nos preparado melhor, se tivéssemos tido mais dias..."'
A frase é de Eusebio, um dos jogadores do Barcelona que há 14 anos esteve no Japão e perdeu a chance de conquistar o título mundial. Ela é a síntese da prova contrária de que todos os times europeus que viajam ao Japão para disputar o Mundial dão pouca ou nenhuma importância à conquista.
O sentimento de amargura pela perda em 1992 acompanha a equipe que neste domingo enfrenta o Internacional em Yokohama. Eusebio, ao lado de Txiki Begiristain representa aquela geração que levou a virada do São Paulo (2 a 1) e viu o Mundial se esvair, mesmo com todo o favoritismo a seu favor.
"Foi uma grande decepção'', diz Begiristain, no site oficial do Barcelona.
Por isso, ainda com as feridas abertas há 14 anos --a partida deste domingo é chamada pelo clube de "a segunda oportunidade''--, o 'Dream Team 2'', apelido que os torcedores deram à equipe atual, tenta apagar a decepção vivida pelo 'Dream Team 1''.
O Mundial foi o título que faltou para o grupo treinado pelo holandês Johan Cruyff, e que tinha um meio-campista estrangeiro, o búlgaro Hristo Stoichkov, como ícone de futebol técnico e bonito.
Buraco que o elenco dirigido pelo holandês Rijkaard e que tem a habilidade de Ronaldinho como a principal atração tenta consertar.
Uma eventual conquista neste domingo também faz da geração atual a mais prestigiada da história centenária do Barcelona. E pode ajudar a tirar a dúvida de qual dos times do sonhos é o melhor, já que as semelhanças entre eles transformam o exercício de comparação inevitável entre os torcedores.
A importância de suprir a ausência de um título mundial em sua galeria de troféus mostra-se pelas atitudes que a delegação atual tomou. O Barcelona procurou não cometer os mesmos erros de 1992.
Um deles foi chegar em cima da hora ao Japão. "Daquela vez chegamos três dias antes do jogo. A pergunta que nos fazíamos era quem havia dormido ou não. Isso custou mais a alguns do que a outros", relembra Begiristain.
Agora, o elenco chega ao confronto decisivo com uma semana de adaptação ao fuso horário do território japonês e depois de ter feito pelo menos três treinamentos.
Outra lição aprendida foi a da humildade. "Quando se enfrenta um rival de outro continente não se tem muitas referências. Não se sabe o nível que o adversário terá. Temos que estar preparados"', diz Eusebio. Em 1992, o Barcelona pouco ou nada fez para tentar conhecer o São Paulo antes de enfrentá-lo.
No entanto, talvez a principal lição para o "Dream Team 2"' não esteja no que eles tem de fazer, mas naquilo que eles não pretendem repetir. A triste viagem de volta à Espanha sem o inédito título de campeão mundial, narrada por Begiristain: "Foi estranha. Alguns de nós íamos depois com a seleção. Viajamos separados. E isso o Cruyff não gostou. Também, tinha razão. Quando se ganha, viajam todos juntos."'
Ronaldinho, Deco e companhia esperam poder voltar num astral diferente. Felizes e "colados"' uns nos outros. De preferência, com um cobiçado troféu no meio deles.
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