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01/01/2007 - 11h23

Para técnico, campeã da São Silvestre poderia ter vencido já em 2005

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GUILHERME ROSEGUINI
MARIANA LAJOLO
MÁRVIO DOS ANJOS
da Folha de S.Paulo

A cena do triunfo de sua pupila era aguardada desde o ano passado por Edilberto Barros. De acordo com o treinador, Lucélia Peres, que venceu no domingo a São Silvestre, já tinha condições físicas para vencer a prova em 2005. Errou, porém, na estratégia.

"Ela saiu muito forte, cansou demais e acabou em quarto. Conversamos bastante e ela aprendeu com a falha. Sua performance foi perfeita", disse.

Apesar do título, Lucélia não terá descanso. Barros quer convencê-la a correr uma prova de 10 km na semana que vem, provavelmente no Uruguai. Depois, vai lhe dar 15 dias de férias. O desafio, então, muda de terreno: o asfalto perde espaço, e as práticas na pista de atletismo passam a ser a mais nova prioridade.

"O Pan-Americano do Rio é agora nossa meta. A Lucélia já é uma das melhores do Brasil nos 10.000 m e nos 5.000 m, mas precisamos buscar um aprimoramento para lutarmos por medalhas em 2007", afirmou Barros.

Ele esmiuça sua teoria com base em um caso ocorrido no ano passado. Apesar de ter cravado a melhor marca do Brasil nos 10.000 metros, Lucélia não conseguiu vencer o Campeonato Nacional. Estava se sentindo mal no dia da disputa e levou a prata --Ednalva Laureano, que terminou ontem a São Silvestre em segundo, triunfou.

"O Pan dá muita visibilidade, é importante demais. Por isso, vamos nos preparar para evitar deslizes. Pode escrever aí: a Lucélia vai dar muitas alegrias."

A corredora endossou a promessa do treinador. Ela acredita que a transição para a pista não será dolorosa. E afirmou que o título da São Silvestre não será desculpa para um relaxamento na próxima temporada.

"Trabalho com metas. Alcancei uma, estou muito feliz e vou comemorar bastante. Só que tenho outros objetivos para 2007. Vou persegui-los com a mesma determinação."

Empate

O país soma agora cinco conquistas e é o segundo que mais vezes esteve no topo do pódio da São Silvestre feminina. Mas, diferentemente das africanas, nunca repetiu uma campeã. Além de Lucélia, venceram Carmem de Oliveira (1995), Roseli Machado (1996), Maria Zeferina Baldaia (2001) e Marizete Resende (2002).

A queniana Lydia Cheromey foi campeã em 1999, 2000 e 2004. Na última delas, deixou para trás Lucélia Peres. Portugal ainda é o maior detentor de títulos --sete, posto alcançado graças a Rosa Mota.

Especial
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