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09/06/2000 - 22h40

São-paulinos ouvirão Raí antes do clássico

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da Folha de S. Paulo

O meia Raí, 35, fará uma parte do papel do técnico Levir Culpi no primeiro jogo da decisão do Paulista neste sábado.

Principal ídolo da torcida são-paulina e atleta mais experiente do time, ao lado de Evair, o jogador decidiu comandar uma preleção para a equipe antes de a partida começar.

Raí tentará reeditar o sucesso que obteve com as suas palavras em 1998, quando voltou do Paris Saint-Germain e estreou logo na partida decisiva do Paulista, contra o Corinthians.

No intervalo do jogo, que estava empatado em 1 a 1, com um gol dele, o meia reuniu os jogadores no vestiário e fez um discurso para motivá-los.

Na volta ao gramado, o São Paulo reagiu, com dois gols de França, e conquistou o título com uma vitória por 3 a 1. "Graças à atitude do Raí conseguimos reagir naquela decisão", disse França.

Raí afirmou estar preocupado com a ansiedade do time, que não conquistou mais nenhum título importante, após o triunfo no Estadual de 1998.

"Agora a equipe está mais experiente, mas precisamos canalizar a ansiedade para o lado positivo. Vou reunir todos e tentar passar a minha experiência. Em 98, isso deu resultado", afirmou.

Apesar da preocupação do meia, os jogadores mais novos acreditam que não faltará maturidade a eles na reta final. "Somos novos, mas já passamos por muitos momentos difíceis. Estamos bem rodados", falou o meia-atacante Edu, 21, um dos mais jovens do time.

Culpi também não demonstra preocupação em relação a esse assunto. "Acho que a experiência não é decisiva numa final", afirmou o treinador.

Enquanto Raí se prepara para atuar como orador, Evair, 35, que é o outro veterano da equipe, quer ajudar o time a tirar proveito do jejum de títulos do Santos. A equipe do técnico Giba não vence o Estadual desde 1984, quando tirou o título do Corinthians.

Evair passou por uma situação semelhante em 1993, quando ajudou o Palmeiras a derrotar o Corinthians na final do Paulista, que não vencia desde 1976.

"Senti naquela época como isso pesa. Um time nessa situação fica mais nervoso e começa a errar. Acho que perdemos o primeiro jogo em 93 por causa disso", falou o atacante, que começa a partida no banco de reservas.

Evair disse temer que a partida de amanhã seja violenta. "Acho que existe esse risco por causa da rivalidade entre as duas equipes. Precisamos ter bastante cuidado."

Nas duas partidas anteriores entre Santos e São Paulo, pela terceira fase da competição, os são-paulinos reclamaram que os adversários teriam abusado das jogadas violentas.

Anderson e Claudiomiro foram os principais alvos das críticas dos jogadores e da comissão técnica. "Acho que isso não vai acontecer novamente. Depois que nós reclamamos naqueles jogos, os juízes começaram a ficar mais atentos", falou o lateral Belletti.

Por ter feito melhor campanha que o rival, o São Paulo garante o título com dois empates. A Folha de S.Paulo apurou que cada jogador da equipe receberá R$ 60 mil, caso o São Paulo seja campeão.

O volante Axel, que machucou o joelho esquerdo, deve ficar fora da partida. O chileno Maldonado, contratado para a zaga, entra em seu lugar na partida de amanhã.

Hoje, o estádio do Morumbi foi vistoriado pelo Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis) e teve a sua capacidade ampliada em 5.000 lugares, segundo o clube. A partir de agora o estádio poderá receber 75 mil pessoas.

(Ricardo Perrone e Maércio Santamarina)

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