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20/05/2007 - 21h20

Na seleção, Romário foi de vilão a herói em menos de um ano

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da Folha Online

O temperamento difícil sempre foi uma marca de Romário, que neste domingo chegou ao milésimo gol de sua carreira. E a personalidade forte se fez presente até mesmo com relação à seleção brasileira, sonho de qualquer atleta, e que costuma amolecer até os mais complicados jogadores. Mas o camisa 11, não. Por conta do jeito desbocado do atacante, o Brasil quase perdeu a vaga na Copa de 1994, o mundial do tetra.

A polêmica começou no dia 16 de dezembro de 1992, após um amistoso da seleção contra a Alemanha, em Porto Alegre. Romário, na época no PSV Eindhoven (Holanda), foi convocado para a partida, mas ficou no banco de reservas. Após o jogo, reclamou. Não tinha gostado de atravessar o oceano para assistir ao jogo.

A resposta da comissão técnica foi imediata: se o jogador não quisesse ficar no banco, também não seria titular. E assim --de relações cortadas com o atacante--, a seleção brasileira começou a campanha para a Copa de 1994.

Marcelo Katsuki/Arte/Folha Online
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Depois de um empate sem gols com o Equador e da derrota para a Bolívia em La Paz --a primeira do país em eliminatórias-- o nome de Romário voltou a aparecer como possibilidade. Mas Carlos Alberto Parreira e Zagallo mantinham-se avessos a convocá-lo.

As chances do camisa 11 tornaram a crescer depois que o atacante Careca pediu para não ser mais chamado. Mas a comissão técnica optou por Valdeir, na época defendendo o Bordeaux, da França. A rapidez do novo convocado não foi suficiente para fazer a seleção embalar --o time terminou o primeiro turno na segunda posição no grupo, atrás da Bolívia.

Comandada por Bebeto e Raí, a equipe ensaiou uma reação na reta final das eliminatórias. Com todos os jogos em casa, derrotou Equador, Bolívia e Venezuela, mas só encantou diante dos bolivianos. A partida final seria diante do Uruguai, no Maracanã. Não demoraram a surgir as comparações com a final da Copa do Mundo de 1950.

O Brasil, como no jogo de 43 anos antes, precisava apenas de um empate. Mas, mais do que isso, precisava de Romário. Carlos Alberto Parreira chegou à conclusão depois de ver o fraco desempenho do ataque na goleada (4 a 0) sobre a Venezuela --dois gols foram marcados pelo zagueiro Ricardo Gomes. O técnico ligou para Zagallo e a dupla decidiu que era hora de o atacante voltar.

Romário voltou à seleção no dia 19 de setembro de 1993. Foi, disparado, o melhor em campo. Fez os dois gols na vitória por 2 a 0, tirou os uruguaios da Copa e colocou a equipe brasileira nos trilhos para a conquista do tetra.

No Mundial dos Estados Unidos, em 1994, o camisa 11 voltou a brilhar. Foi o melhor jogador da seleção e, com cinco gols em sete jogos, acabou na vice-artilharia do torneio. No fim daquele ano, recebeu o prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa.

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