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29/03/2007 - 10h46

Serra obedece CBF, que atende São Paulo pela metade

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RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo

Em sua visita a São Paulo, Ricardo Teixeira ouviu o que queria. Que, para participar do projeto da Copa-2014, o governo do Estado fará o que o presidente da CBF achar melhor.

Porém os paulistas não ouviram o que esperavam. Não terão dois estádios nos planos.

Depois de receber o cartola no Palácio dos Bandeirantes, o governador José Serra deixou claro que seguirá à risca as determinações de Teixeira.

Ao ser questionado sobre se o Estado pode investir na construção de um estádio, ele respondeu: "A decisão não é nossa, é da CBF, com a Fifa".

Desde que iniciou o projeto, Ricardo Teixeira faz questão de controlá-lo sem interferências, o que preocupa o Ministério do Esporte e alguns deputados federais. Inclusive tucanos, como Serra. É o caso de Sílvio Torres, que sugeriu na Câmara uma comissão para acompanhar até as reuniões sobre o tema.

A resposta do governador é um resumo do que ocorreu na reunião, que contou com o presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, e os titulares das pastas de Esporte do Estado (Claury Santos Alves da Silva) e do município (Walter Feldman).

Os paulistas souberam que deverão apresentar dois projetos de estádio para a CBF. Se a entidade aprovar, eles serão enviados à Fifa, entidade da qual Teixeira é influente membro do Comitê Executivo.

A Fifa aprovará uma. Pela orientação de Teixeira, a arena será construída com dinheiro privado. O Estado e a prefeitura entram com o terreno e a infra-estrutura no entorno.

O primeiro resultado da reunião foi a desistência da prefeitura de emplacar o Pacaembu. "Se só um estádio pode entrar, não há como ser o Pacaembu", afirmou Feldman. Mesmo assim, ele diz que será tocado um projeto de revitalização.

Teixeira acenou com a chance de o Estado receber a abertura ou a final, se o Brasil vencer a disputa com a Colômbia para organizar o Mundial de 2014.

"Para isso, precisamos de um estádio com pelo menos 65 mil lugares. Hoje, só há o Morumbi, ele é a minha prioridade", disse o presidente da FPF.

Mas, como a decisão cabe à CBF e à Fifa, as chances são-paulinas são remotas. "Vou repetir o que sempre digo. Hoje, nenhum estádio do Brasil tem condições de receber um jogo de Copa do Mundo", afirmou o cartola da CBF, que vive às turras com os do São Paulo, ao ser perguntado sobre o Morumbi.

Orientado por Teixeira, o governador do Estado, que recebeu ontem quatro cadernos de exigências, montará uma comissão para estudar o tema.

Em dez dias, deverá receber um questionário da Fifa. No dia 31, terá de entregar seu material à CBF. No papel, não falta candidato para o projeto. Entre eles, estão Corinthians, Santos (com um estádio em Diadema), Barueri e Guarulhos.

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