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04/04/2007
-
09h57
EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
Sete meses, 18 dias e uma extensa lista de confusões depois, Emerson Leão foi demitido do Corinthians ontem.
O treinador, que tinha vínculo até agosto de 2008, porém, não sairá de mãos vazias. Vai receber cerca de R$ 1,5 milhão, referentes a encargos trabalhistas, multa por quebra contratual, além de um mês de direito de imagem atrasado.
Os valores foram definidos ontem, mas hoje haverá nova reunião para definir a forma de pagamento ao técnico. Contando ainda os meses em que trabalhou no clube, ele amealhou cerca de R$ 6 milhões.
Com a saída de Leão, o clube agora procura um substituto. O homem forte do futebol, Renato Duprat, pediu duas semanas para definir o técnico que, segundo ele, será de "ponta".
"Ainda não procuramos ninguém. Não vamos contratar nenhum técnico que esteja em time. Vamos analisar comissões técnicas que estão no exterior e também aqui no Brasil", disse.
O nome preferido de cartolas corintianos é o de Abel Braga, do Internacional. Vanderlei Luxemburgo também será procurado, mas só deve aceitar conversar após a Libertadores.
Outra corrente no clube defende que o clube ofereça a Muricy Ramalho o dobro do que ele ganha no São Paulo.
Enquanto não define o substituto, o clube vai promover interinamente um técnico das categorias amadoras para treinar o time principal. Jorge Saran, da equipe de juniores, é o mais cotado para assumir.
Leão é o sétimo técnico a perder o emprego na era MSI, que teve início em 2005. Nesse período, ele foi quem mais tempo comandou o clube.
Também foi, de longe, o mais caro --seu salário, de R$ 500 mil mensais, pesou para a decisão de demiti-lo. Ele dirigiu a equipe em 46 partidas, com 22 vitórias, 13 empates e 11 derrotas (57,2% de aproveitamento).
No tempo em que esteve à frente do time, Leão colecionou fracassos, inimizades e deixa o Parque São Jorge com a imagem arranhada. Foi bastante criticado por não conseguir dar um padrão tático à equipe. "Foi o trabalho mais difícil da minha vida, o mais arriscado", falou.
Após café da manhã com Duprat, foi ao clube para se despedir dos jogadores e falar com a imprensa. "Quando alguém sai tem de deixar as portas abertas, ou ao menos as janelas."
Ao iniciar seu trabalho, Leão recebeu carta branca do presidente Alberto Dualib e logo iniciou guerra declarada contra a MSI. Em pouco tempo, afastou do clube Tevez, Mascherano, Carlos Alberto e outros atletas ligados à parceira do clube.
Conseguiu livrar o time do rebaixamento no Brasileiro, mas terminou somente na nona posição. Neste ano, chegou a prometer títulos, mas montou equipe com atletas de segunda linha, foi eliminado do Paulista-07, e não conseguiu reduzir o alto custo do futebol.
Como revelou a Folha de S.Paulo segunda-feira, o time de Leão, neste Paulista, custou mais (R$ 3,3 milhões/mês) do que o time de Kia Joorabchian campeão brasileiro em 2005 (R$ 3,1 milhões). "A pressão era muito grande e tivemos de demitir o Leão para fazer uma correção de rotas", disse Duprat.
Especial
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Emerson Leão deixa o Corinthians, mas leva indenização de R$ 1,5 milhão
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RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
Sete meses, 18 dias e uma extensa lista de confusões depois, Emerson Leão foi demitido do Corinthians ontem.
O treinador, que tinha vínculo até agosto de 2008, porém, não sairá de mãos vazias. Vai receber cerca de R$ 1,5 milhão, referentes a encargos trabalhistas, multa por quebra contratual, além de um mês de direito de imagem atrasado.
Os valores foram definidos ontem, mas hoje haverá nova reunião para definir a forma de pagamento ao técnico. Contando ainda os meses em que trabalhou no clube, ele amealhou cerca de R$ 6 milhões.
Com a saída de Leão, o clube agora procura um substituto. O homem forte do futebol, Renato Duprat, pediu duas semanas para definir o técnico que, segundo ele, será de "ponta".
"Ainda não procuramos ninguém. Não vamos contratar nenhum técnico que esteja em time. Vamos analisar comissões técnicas que estão no exterior e também aqui no Brasil", disse.
O nome preferido de cartolas corintianos é o de Abel Braga, do Internacional. Vanderlei Luxemburgo também será procurado, mas só deve aceitar conversar após a Libertadores.
Outra corrente no clube defende que o clube ofereça a Muricy Ramalho o dobro do que ele ganha no São Paulo.
Enquanto não define o substituto, o clube vai promover interinamente um técnico das categorias amadoras para treinar o time principal. Jorge Saran, da equipe de juniores, é o mais cotado para assumir.
Leão é o sétimo técnico a perder o emprego na era MSI, que teve início em 2005. Nesse período, ele foi quem mais tempo comandou o clube.
Também foi, de longe, o mais caro --seu salário, de R$ 500 mil mensais, pesou para a decisão de demiti-lo. Ele dirigiu a equipe em 46 partidas, com 22 vitórias, 13 empates e 11 derrotas (57,2% de aproveitamento).
No tempo em que esteve à frente do time, Leão colecionou fracassos, inimizades e deixa o Parque São Jorge com a imagem arranhada. Foi bastante criticado por não conseguir dar um padrão tático à equipe. "Foi o trabalho mais difícil da minha vida, o mais arriscado", falou.
Após café da manhã com Duprat, foi ao clube para se despedir dos jogadores e falar com a imprensa. "Quando alguém sai tem de deixar as portas abertas, ou ao menos as janelas."
Ao iniciar seu trabalho, Leão recebeu carta branca do presidente Alberto Dualib e logo iniciou guerra declarada contra a MSI. Em pouco tempo, afastou do clube Tevez, Mascherano, Carlos Alberto e outros atletas ligados à parceira do clube.
Conseguiu livrar o time do rebaixamento no Brasileiro, mas terminou somente na nona posição. Neste ano, chegou a prometer títulos, mas montou equipe com atletas de segunda linha, foi eliminado do Paulista-07, e não conseguiu reduzir o alto custo do futebol.
Como revelou a Folha de S.Paulo segunda-feira, o time de Leão, neste Paulista, custou mais (R$ 3,3 milhões/mês) do que o time de Kia Joorabchian campeão brasileiro em 2005 (R$ 3,1 milhões). "A pressão era muito grande e tivemos de demitir o Leão para fazer uma correção de rotas", disse Duprat.
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