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05/05/2007
-
09h21
RENAN CACIOLI
da Folha de S.Paulo
Na reta final do Estadual, Paulo é o único ambulante que vende camisas do São Caetano nos arredores do estádio Anacleto Campanella. "Está mais ou menos", diz após ser questionado sobre o interesse dos torcedores no uniforme do finalista.
Paulo é, na verdade, apenas um dos indicadores do completo marasmo que insiste em atingir o clube do ABC, mesmo com a equipe prestes a levantar sua segunda taça do Paulista em apenas quatro anos. Em plena sexta-feira, antevéspera da final contra o Santos, duas pessoas compravam ingressos na bilheteria, às 16h.
Cambistas? Na cidade onde o futebol ainda respira apenas pelos quatro grandes do Estado, eles nem aparecem.
Por sinal, na rua que circunda a casa do São Caetano, o maior movimento que se observa é o dos carros de auto-escola que andam a 30 km/h.
"Ô, ô,ô..Somália é melhor que o Eto'o". O grito de incentivo ao atacante vem de um grupo de crianças que se espremem fora do estádio para olhar para dentro pelo buraco do portão. E são somente elas, não mais do que 15 jovens, que, já dentro do estádio, animam o time no treino.
Em 2000, ano em que o clube ficou conhecido nacionalmente ao disputar a decisão da Copa João Havelange, contra o Vasco, a "novidade" parecia agitar um pouco mais a cidade.
Agora, apenas algumas faixas colocadas na Goiás, a principal avenida de São Caetano, lembram que domingo o time poderá sagrar-se bicampeão paulista. Haverá um telão na avenida.
"Estou há cinco anos no clube. Foi dessa maneira também em 2004", diz o goleiro Luiz, sobre o clima pacato que também rondou o time campeão daquele ano sobre o Paulista.
Os jogadores, por sinal, já se habituaram à falta de calor humano. "Por um lado é bom porque não tem pressão. Mas seria bom jogar com o estádio lotado, a torcida apoiando o tempo todo", diz zagueiro Thiago.
Gostinho que até o técnico Dorival Jr., há pouco mais de seis meses na equipe, já desistiu de sentir. "O ser humano é movido a elogios, a incentivos. No primeiro jogo, quando o Santos tomou o 1 a 0, a torcida começou a se mobilizar, foi fantástico. Infelizmente, aqui no São Caetano isso não existe. As pessoas torcem de maneira contida", lamentou.
Cruzeiro
O técnico do São Caetano negou que tenha feito qualquer tipo de acerto com o Cruzeiro para treinar a equipe após o Paulista. "Se vocês [jornalistas] ouvirem alguma coisa, é mentira", disse Dorival, que admitiu ter recebido telefonemas, mas não revelou de quais times. E falou que só na segunda se sentará com cartolas do São Caetano, para tratar da renovação do contrato ou conversar sobre possível transferência.
Especial
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Perto da decisão do Paulista, marasmo impera no São Caetano
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da Folha de S.Paulo
Na reta final do Estadual, Paulo é o único ambulante que vende camisas do São Caetano nos arredores do estádio Anacleto Campanella. "Está mais ou menos", diz após ser questionado sobre o interesse dos torcedores no uniforme do finalista.
Paulo é, na verdade, apenas um dos indicadores do completo marasmo que insiste em atingir o clube do ABC, mesmo com a equipe prestes a levantar sua segunda taça do Paulista em apenas quatro anos. Em plena sexta-feira, antevéspera da final contra o Santos, duas pessoas compravam ingressos na bilheteria, às 16h.
Cambistas? Na cidade onde o futebol ainda respira apenas pelos quatro grandes do Estado, eles nem aparecem.
Por sinal, na rua que circunda a casa do São Caetano, o maior movimento que se observa é o dos carros de auto-escola que andam a 30 km/h.
"Ô, ô,ô..Somália é melhor que o Eto'o". O grito de incentivo ao atacante vem de um grupo de crianças que se espremem fora do estádio para olhar para dentro pelo buraco do portão. E são somente elas, não mais do que 15 jovens, que, já dentro do estádio, animam o time no treino.
Em 2000, ano em que o clube ficou conhecido nacionalmente ao disputar a decisão da Copa João Havelange, contra o Vasco, a "novidade" parecia agitar um pouco mais a cidade.
Agora, apenas algumas faixas colocadas na Goiás, a principal avenida de São Caetano, lembram que domingo o time poderá sagrar-se bicampeão paulista. Haverá um telão na avenida.
"Estou há cinco anos no clube. Foi dessa maneira também em 2004", diz o goleiro Luiz, sobre o clima pacato que também rondou o time campeão daquele ano sobre o Paulista.
Os jogadores, por sinal, já se habituaram à falta de calor humano. "Por um lado é bom porque não tem pressão. Mas seria bom jogar com o estádio lotado, a torcida apoiando o tempo todo", diz zagueiro Thiago.
Gostinho que até o técnico Dorival Jr., há pouco mais de seis meses na equipe, já desistiu de sentir. "O ser humano é movido a elogios, a incentivos. No primeiro jogo, quando o Santos tomou o 1 a 0, a torcida começou a se mobilizar, foi fantástico. Infelizmente, aqui no São Caetano isso não existe. As pessoas torcem de maneira contida", lamentou.
Cruzeiro
O técnico do São Caetano negou que tenha feito qualquer tipo de acerto com o Cruzeiro para treinar a equipe após o Paulista. "Se vocês [jornalistas] ouvirem alguma coisa, é mentira", disse Dorival, que admitiu ter recebido telefonemas, mas não revelou de quais times. E falou que só na segunda se sentará com cartolas do São Caetano, para tratar da renovação do contrato ou conversar sobre possível transferência.
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