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13/01/2001 - 17h09

Kuerten tem retrospecto ruim na Austrália

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do enviado especial a Melbourne

A defesa do topo do ranking mundial para Gustavo Kuerten começa no território mais minado na carreira do brasileiro.

Na Austrália, no primeiro Grand Slam da temporada, Guga vai jogar no país que só lhe proporcionou momentos ruins.

Na nação da Oceania, em dez torneios disputados no circuito principal da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), que não engloba challengers, o brasileiro não conseguiu disputar nem mesmo uma semifinal. Seu aproveitamento é muito inferior ao registrado em outros países.

Os tenistas locais também são um estorvo -entre as forças do esporte, o brasileiro tem o pior retrospecto contra os australianos.

Além disso, na Austrália Guga teve a decepção dos Jogos Olímpicos de Sydney, que disputou e fracassou depois de uma grande polêmica envolvendo seu fornecedor de material esportivo, que não permitia que ele disputasse as partidas com o uniforme do patrocinador oficial do COB.

O pesadelo australiano foi mais acentuado justamente no melhor ano da carreira do único sul-americano que terminou uma temporada no topo do ranking.

No total, foram quatro competições no país em 2000. Em duas delas, no Torneio de Sydney e no Aberto da Austrália, Kuerten não passou da primeira rodada.

Nas outras duas, a decepção foi muito maior, já que ambas estavam entre as suas prioridades.

Pelas semifinais da Copa Davis, Kuerten perdeu tanto no jogo individual quanto nas duplas, deixando o Brasil sem chances de disputar a final da competição de nações pela primeira vez.

Em setembro, o sonho do ouro olímpico também foi embora -perdeu nas quartas-de-final para o russo Ievguêni Kafelnikov.

No total, o brasileiro disputou sete partidas na Austrália em 2000 -foram três vitórias e quatro derrotas, o que significa um aproveitamento de 43%. No resto da temporada, a performance de Kuerten, a melhor da sua carreira, alcançou a marca de 77%.

Além do problema que foi enfrentar o fuso horário e o calor australiano, o brasileiro sofreu com os tenistas do país.

Ao contrário de rivais espanhóis e norte-americanos, a quem dominou totalmente em 2000, Kuerten ficou com retrospecto negativo com adversários australianos.

Em nove jogos, foram cinco derrotas. Em uma delas, sofreu seu pior revés do ano -no Aberto dos EUA, quando perdeu para o veterano e desconhecido Wayne Arthurs na estréia na primeira vez que disputava o Grand Slam norte-americano como favorito.

Em Melbourne, Kuerten não terá pela frente um local para quem perdeu no ano passado -contundido, Mark Philippoussis não irá disputar a competição.

Assim, os australianos mais fortes na disputa são Lleyton Hewitt, pela primeira vez cabeça-de-chave no Aberto de seu país, e Patrick Rafter, que venceu três dos quatro jogos que realizou com Guga na temporada de 2000.

 

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