Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/05/2007 - 09h20

Desconfiado, pugilista brasileiro luta por título da OMB na Alemanha

Publicidade

EDUARDO OHATA
da Folha de S.Paulo

Azarão, Carlos Nascimento, 28, cujo apelido é Açougue por suas lutas serem muito sangrentas, luta hoje na Alemanha pelo título médio-ligeiro da Organização Mundial de Boxe.

Temerosa de favorecimento ao campeão ucraniano Sergiy Dzinziruk, 31, que luta em sua casa adotiva, a equipe do pugilista fluminense que descobriu ter jeito para o pugilismo em bailes funk pôs a mão no bolso e levou "fiscais" a Hamburgo. O investimento em "infra-estrutura" supera o valor da bolsa.

O argentino Jorge Molina, presidente do braço latino da OMB, e Antonio Bernardo, do Conselho Nacional de Boxe, entre outros, tiveram passagens aéreas e hotel bancados por Eduardo Mello, manager e patrocinador de Nascimento, que antes de treinar boxe chegou a pesar mais de 100 kg.

A categoria de peso na qual luta vai apenas até 69,8 kg.

"Bom, agora não estou com medo de roubo porque o Molina está aqui. Paguei por sua viagem porque quero testemunhas. Gente de fora assistindo à luta coíbe esse tipo de coisa [irregularidades]", diz Mello, ao comentar que o investimento em infra-estrutura superou o valor da bolsa.

Se vencer, Nascimento será o único campeão mundial brasileiro no momento, após as derrotas de Acelino Freitas, o Popó, e Valdemir Pereira, o Sertão. "A organização da luta escolheu o Carlão porque achava que seria um oponente fácil para o Dzindziruk. Já tem planos para o campeão e não querem que o Carlão atrapalhe", conclui Mello, que pretende ver o retorno de seu investimento com defesas de título do pupilo.

Ao ser questionado sobre sua influência na programação de hoje, Molina tentou evitar polêmicas. "Você sabe de minha posição [de dirigente da OMB]. Eu não posso falar disso. Mas, sim, vou estar na programação a convite do senhor Mello."

"Eu vou matá-lo. Ele é rápido, mas não "pega". Será nocaute", promete o brasileiro, invicto no profissionalismo, com 18 vitórias, 15 delas por nocaute, ao se referir a Dzindziruk, também invicto e cujo cartel registra mais que o dobro de combates que o do brasileiro: 33 vitórias, 21 delas por nocaute.

No currículo de Nascimento, sétimo colocado no ranking da OMB, o lutador de maior relevância é o do argentino Arturo Gerez, a quem bateu para ganhar seu título latino interino.

O currículo de Dzinziruk traz um "nome", o porto-riquenho Daniel Santos, de quem o ucraniano tomou o cinturão da OMB, e uma lista de ex-desafiantes por títulos, como o argentino Sebastian Lujan, o senegalês Mamadou Thiam e o russo Andrei Pestriaev.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Pan-2007
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página