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11/06/2000 - 13h13

Kuerten é o primeiro brasileiro número um do mundo

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da Folha Online

Gustavo Kuerten se tornou neste domingo o maior ídolo do esporte brasileiro, pelo menos por esta semana. Tornou-se o primeiro tenista brasileiro a se tornar o número um do mundo. Tornou-se o primeiro brasileiro bicampeão do Aberto da França _o único, aliás, a conquistar o torneio parisiense_ e tornou-se o segundo sul-americano a conquistar dois títulos de Grand Slam, o primeiro foi Guillermo Vilas.

Pelo menos por esta semana, o catarinense de 23 anos será a grande celebridade esportiva do Brasil _deve ser recebido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, deve desfilar em carro aberto pelas ruas de sua cidade, Florianópolis, deve ser o personagem com mais aparições na mídia brasileira.

Pelo menos por esta semana, manterá a liderança na "corrida dos campeões" _505 pontos, 19 a mais do que o sueco Magnus Norman, rival batido pelo brasileiro neste domingo, na final de Roland Garros, por 3 sets a 1, parciais de 6/2, 6/3, 2/6, 7/6 (8/6).

A transformação no maior ídolo nacional da atualidade começou há um mês, quando bateu o marroquino Karim Alami, na primeira rodada do Master Series de Hamburgo, Alemanha. Desde então, não perdeu nenhuma partida. Foram 13.

Mas talvez tenha começado uma semana antes, quando derrotou o francês Gerome Golmand, iniciando o caminho até a final do Master Series de Roma, Itália, quando perdeu para o mesmo Norman, que se tornou na ocasião o número um do mundo. Mas talvez tenha começado há três anos, quando arrebatou seu primeiro Aberto da França.

De seus 1,90 m e apenas 75 kg, conquistou tanta fama com seu carisma. Sempre sorridente e simpático nas aparições em público, tornou-se também embaixador da ATP e conquistou tantos adeptos.

Nas quadras, Kuerten é o único tenista da atualidade a conquistar os títulos mais importantes do saibro _Aberto da França-97 e 2000 e os Masters Series de Montecarlo-99, Roma-99 e Hamburgo-2000. Fora isso, também levantou as taças de Stuttgart-98, Mallorca-98 e Santiago-2000.

E uma coincidência nessas conquistas é seu grande desafio para se manter como o melhor tenista do mundo. Todas elas foram na terra batida. O título deste domingo marcou o fim da temporada de saibro. Os principais jogadores atuam agora na grama, cujo ápice é o Torneio de Wimbledon, Inglaterra. Depois, passam para as quadras duras (composto de concreto e outros materiais sintéticos) e de carpete.

Mas o brasileiro surpreendeu no ano passado, quando chegou às quartas-de-final de Wimbledon e do Aberto dos Estados Unidos, o terceiro e o quarto (último) Grand Slam, respectivamente, do circuito profissional.

Outra dúvida sobre a capacidade de Kuerten é a instabilidade que marca sua carreira. Vários foram os rivais mal ranqueados para quem perdeu e os adversários bem colocados no ranking que venceu.

Somente assim, passará Maria Esther Bueno como o maior nome do tênis brasileiro. Entre os quase 600 títulos, venceu três vezes o Torneio de Wimbledon, em 59, 60 e 64.

Visite a página especial do Torneio de Roland Garros

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