Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/03/2001 - 18h29

Derrota em Miami mostra dificuldade de Guga diante de 'saque canhão'

Publicidade

do enviado da Folha de S.Paulo a Miami

Um ace seguido de outro e bolas voando a mais de 200 km/h. O famoso "saque canhão" do tênis masculino está tirando o sono de Gustavo Kuerten.

O último pesadelo vivido contra um adversário desse estilo custou a liderança do ranking mundial de entradas ontem, quando o brasileiro caiu diante do sueco Thomas Johansson por 2 sets a 1 (parciais de 6/3, 4/6 e 6/4) no Masters Series de Miami.

Como não conseguiu defender os pontos do vice do ano passado, ele viu o primeiro lugar passar para as mãos do russo Marat Safin.

No total, foram 14 aces de Johansson, que fez a bola atingir, em uma tentativa, 214 km/h.

O revés no torneio de Miami se soma a uma lista de derrotas sofridas ultimamente por Kuerten contra adversários que têm o saque como principal arma.

Antes de Johansson, que tem o nono saque mais potente da história _218,8 km/h_, o brasileiro perdera só outras duas vezes na temporada, justamente para os tenistas com mais aces no ano.

Primeiro, caiu diante do britânico Greg Rusedski no Aberto da Austrália. Depois, em Indian Wells, foi a vez do norte-americano Jan-Michael Gambill, o rei dos aces em 2001 -foram 239 em 22 jogos, sem contar sua participação em Miami-, vencer Kuerten.

Mas a falta de bons resultados contra tenistas com esse estilo vem do ano passado. No Aberto dos EUA de 2000, o australiano Wayne Arthurs, limitado tecnicamente mas o terceiro em aces na temporada atual, eliminou o brasileiro na primeira rodada da competição. Depois, no Masters Series de Paris, foi a vez do australiano Mark Philippoussis, que já sacou a 229 km/h, bater Kuerten.

No total, das últimas 12 derrotas do brasileiro no circuito, oito foram contra adversários conhecidos pelo saque potente e por seguidas subidas à rede.

Depois da vitória de ontem, o sueco Johansson explicou uma das chaves de seu triunfo. ´Ele estava ficando muito longe da linha do fundo quadra, e isso pode ser uma grande vantagem", disse o sueco, que enfrentou Kuerten pela primeira vez.

Para o brasileiro, essa dica de Johansson não o vai fazer ficar mais próximo da linha nos próximos jogos contra "reis do saque". "Eu me sinto confortável jogando assim (longe da linha do fundo da quadra). Eu tenho vencido e tendo sucesso dessa maneira", afirmou o brasileiro.

Com três derrotas para tenistas de saque potente, Kuerten terá em 2001 o seu primeiro semestre menos produtivo em quadras rápidas da sua carreira nas últimas quatro temporadas.

Como só jogará no saibro até a metade do ano, ele encerra o semestre tendo feito apenas sete jogos em quadras rápidas _quatro vitórias e três derrotas.

Em 1999, por exemplo, nessa mesma época do ano, tinha disputado 17 partidas na superfície, com dez vitórias e sete derrotas.

"Preferi jogar dois torneios no saibro (Buenos Aires e Acapulco) e foi bom, já que venci os dois", disse Kuerten, que ao contrário de todos os outros top ten, optou por não priorizar exclusivamente as competições em quadras rápidas no primeiro trimestre.

Leia mais sobre o Master Series de Miami:

  • Home

  • Chaves

  • Campeões

  • Rankings

  • Favoritos

  • Campeões

  • Enquete

  • Quiz
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página