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09/04/2001 - 07h20

Clima da Copa de 50 toma conta de Florianópolis

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FERNANDO CAMINATI
enviado especial a Florianópolis

Florianópolis se preparou toda para comemorar junto ao seu filho mais ilustre a maior vitória da história do tênis brasileiro na Copa Davis. Mas ao invés de festas e 'buzinaço', a avenida Beira-Mar Norte viveu seu dia de Maracanã na Copa de 50.

Assim como na derrota da seleção brasileira para o Uruguai na única Copa do Mundo sediada no país, os torcedores que lotaram a arena construída especialmente para os jogos da Davis saíram desolados com a eliminação de Gustavo Kuerten por Lleyton Hewitt por incontestáveis 3 sets a 0.

Com a cabeça coberta por uma toalha, certamente para esconder o choro, o maior ídolo esportivo do Brasil nem viu quando Patrick Rafter invadiu a quadra para erguer Hewitt em triunfo, no exato momento em que a mesma torcida que tanto vaiou e xingou o jovem australiano nos três dias de disputas, se rendia em aplausos ao seu talento e brilhantismo.

Logo em seguida, Guga deixou a quadra, com a cara fechada e cabisbaixo, e a maior parte das 12 mil pessoas que lotavam as arquibancadas também saiu do complexo. Nem ficaram para assistir ao último jogo da série, que acabou sendo disputado pelos reservas Alexandre Simoni e Richard Fromberg, uma vez que o confronto já estava decidido.

Partida aliás, que nem terminou, pois começou a chover na capital catarinense. Uma chuva fina e fria, que encerrou de forma mais dramática ainda, um domingo que deveria ter sido de festas.

Festa, inclusive, que já estava marcada para uma das discotecas mais badaladas da cidade. A CBT (Confederação Brasileira de Tênis) até já tinha contratado uma banda para animar a celebração da quinta conquista de uma vaga nas semifinais da Davis e que pela primeira vez seriam no país.

Festa que ficou com o verde e amarelo dos australianos, que chegam pelo terceiro ano consecutivo às semifinais, em busca de seu 27º título.

Tudo vai ficar para o próximo ano.

Com um dos maiores jogadores do mundo na atualidade, o melhor do ano passado, o Brasil começa a se sentir grande no mundo do tênis. Por isso a tristeza é tanta.

Mas Guga é um só. E para se conquistar uma competição como a Davis, um gênio parece não ser o bastante.

Resta saber se o país irá investir na formação de novos Gugas, para que possa se erguer de seu "Maracanazo" tão bem como fez o futebol, que após a derrota de 50, quando tinha grandes jogadores como Zizinho, Ademir de Menezes e Barbosa, se tornou o único tetracampeão mundial, com Pelé, Garricha, Didi, Nílton Santos,Tostão...

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