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24/04/2001 - 20h33

Empresário defende atuação de agentes

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da Folha de S.Paulo

Em depoimento à CPI do Futebol, instalada no Senado, o empresário Reinaldo Pitta definiu a função dos agentes como indispensável aos jogadores.

Para Pitta, o empresário deve dar ´visibilidade" a alguns atletas, citando como exemplo o desconhecido lateral Alessandro, uma das maiores surpresas da convocação de Emerson Leão.

"Se o Brasil inteiro se surpreendeu com a ida do Alessandro à seleção, isso não aconteceu comigo. Conheço esse jogador há quatro anos, desde os tempos de Campo Grande [time do Rio], e sei que ele vai permanecer na seleção por mais dez anos. É o melhor do Brasil na posição", disse à Folha de S.Paulo o agente, dono de 50% do passe do atleta, após o depoimento.

Empresário de um elenco de estrelas só comparável às grandes seleções do mundo, o agente revelou ontem que é responsável pela carreira de 120 jogadores profissionais, entre eles o atacante Ronaldo, e 60 atletas amadores.

Só na seleção brasileira que hoje enfrenta o Peru, Pitta tem três atletas e, nos próximos dias, deve acertar com o meia Ricardinho.
Pitta admitiu que tem tido bastante atletas sob sua responsabilidade na seleção, mas não vê problema nisso. "Eles são chamados porque são bons", disse.

Essa não é a opinião de parte dos senadores da CPI do Futebol. Para alguns parlamentares, há influência de Pitta e de outros empresários nas contratações de atletas por clubes e até em convocações para o time nacional.

Na CPI, o agente disse que, se for necessário, entregará seus sigilos bancário e fiscal. "Preciso antes conversar com os integrantes da associação [dos Agentes Fifa, que obteve liminar no STF para brecar a quebra de sigilo]."

Para Álvaro Dias (PSDB-PR), Pitta não foi claro em alguns pontos do depoimento. "Por exemplo, ele não explicou por que um documento da CBF mostra que ele recebeu sua comissão pela venda do lateral Gilberto à Inter [de Milão] em um paraíso fiscal", disse o presidente da comissão.

Pitta nega que tenha uma conta no exterior e prometeu enviar à CPI documentos provando que não recebeu a comissão, pois Gilberto voltou ao Brasil menos de seis meses depois da transação.

 

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