Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/06/2000 - 18h34

Kuerten diz que só agora entrou definitivamente para os tops

Publicidade

da Folha Online
em São Paulo

Gustavo Kuerten afirmou neste domingo que seu segundo título no Aberto da França é a prova de que ele pertence, definitivamente, à elite do tênis mundial.

"Isto (o título) mostra a todos que eu sou um dos tops", disse Kuerten na abertura da entrevista coletiva que seguiu a sua histórica vitória na França. "Eu sou um dos melhores e estou aqui para ficar", enfatizou.

Confira a entrevista de Kuerten

Pergunta - Você estava contando os match points? Você começou a pensar que a sua sorte pudesse estar acabando?

Gustavo Kuerten - É claro que você começa a pensar, especialmente por causa do primeiro match point. Eu achei que a bola tivesse saído, então para mim já tinha acabado. Toda vez que eu perdia outra chance eu ainda estava pensando naquilo. É estranho. Os pontos passavam, e você não sabia se teria a chance. Tentei jogar cada ponto. Em cada match point eu pensava que tinha a chance de vencer, mas também quando via o ponto escapando eu me sentia na mesma posição de sempre, tinha a chance de voltar e empatar no game. Eu estava irritado. Foi difícil de vencer no final. Mas felizmente consegui.

Pergunta - Qual é a sensação de vencer aqui pela segunda vez?

Kuerten - É legal. Para mim, como eu disse, foi aqui que eu apareci e comecei a mostrar o meu jogo. Agora, foi mais como uma confirmação de que eu realmente sou um dos jogadores tops e que vai ficar aí. Agora, coloquei o meu nome mais uma vez na história.

Pergunta - Qual é a sensação de ser número um do mundo?

Kuerten - Para mim, foi mais importante vencer esta edição, terminar o jogo e ganhar de novo. Vencer duas vezes não é fácil. Esse era o meu primeiro objetivo. Agora, vou tentar manter a liderança, mas também estou ansioso para subir no "Entry System" (o antigo ranking, que define os cabeças-de-chave de todos os torneios. Eu mereço, venho jogando muito bem nas últimas semanas.

Pergunta - Relembrando todo o torneio, qual foi o momento mais complicado para você? O jogo mais difícil?

Kuerten - Acho que a hora mais difícil foi quando o torneio começou, que eu sabia que teria que vencer sete jogos para ganhar o torneio. É muito difícil jogar aqui. Você tem que jogar bem todos os jogos. Antes de começar, tinha confiança, mas não tinha certeza de que jogaria bem ou iria fazer um grande torneio. Durante o jogo contra o Kafelnikov, acho que tive o meu pior pesadelo. Não estava sentindo meu jogo fluir, e ele estava controlando o jogo. De alguma maneira, as coisas mudaram. Para mim, foi ótimo. Depois desse jogo, fiquei mais relaxado, já sabia que estava na semi e teria outro jogo difícil. Mas a maneira como encarei as últimas partidas foi completamente diferente.

Pergunta - Agora que você não tem mais adversários a temer, você pode mostrar talvez sua fraqueza e o quanto você sofreu com as dores nas costas durante o torneio e no quarto set?

Kuerten - Não teve nada que me incomodou. Hoje, precisei do fisioterapeuta por causa de meus últimos jogos. Joguei dois jogos de cinco sets. Quando cheguei no terceiro set, mais perto de fechar o jogo, fiquei meio preso, por isso chamei o fisioterapeuta. Não tenho mais problemas e sei que posso ficar ainda mais forte. Tenho que continuar trabalhando desta maneira, porque está sendo ótimo. Vou manter o olho vivo, ser muito profissional, trabalhar muito. Pelo menos, fui recompensado e rapidamente.

Pergunta - Houve 11 match points, e o primeiro, numa sequência muito disputada. O que aconteceu em sua cabeça naquele momento?

Kuerten - Foi meu primeiro match point, e eu tive a discussão com o juiz. Para mim, foi claramente fora. Já estava indo para rede cumprimentar o Norman. Infelizmente, não foi dentro. Foi duro para mim. Toda vez que estava lá ficava vendo a marca. Sabia que poderia estar colocando as mãos no troféu, tirando fotos, mas eu estava lá, correndo para todos os lados. Foi mais uma coisa para deixar a final mais interessante. Ninguém sabia o que iria acontecer.

Pergunta - A torcida te apoiou durante o jogo todo. Havia bandeiras brasileiras no estádio. Você se sentiu como se estivesse em casa?

Kuerten - Acho que foi ótimo, havia muitos brasileiros, e isso me deixou feliz. Acho que as pessoas curtiram. Nós dois (Kuerten e Norman) estávamos muito emotivos. Foi uma grande final para o público também.

Pergunta - Você já ganhou esse torneio duas vezes. Há algum outro torneio que você queira vencer? Quais são os objetivos?

Kuerten - Especialmente neste ano, meus primeiros objetivos eram Roland Garros, a Copa Davis e a Olimpíada. Estou feliz de já ter conseguido o primeiro. Na Davis, estamos na semi, e espero jogar bem os Jogos de Sydney.

Visite a página especial do Torneio de Roland Garros

Leia mais sobre esporte na Folha Online

  • Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página