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03/06/2001
-
13h15
da Folha Online
Jogador mais querido dos franceses, o brasileiro Gustavo Kuerten conquistou ainda mais o carisma do público em Roland Garros, após virar de maneira surpreendente a partida contra o desconhecido Michael Russell.
Depois de superar o norte-americano, que veio do qualifying e é apenas o 136º da "corrida dos campeões e o 122º do ranking de entradas, Guga desenhou um coração na quadra central, ajoelhou-se no centro dele e mandou beijos à torcida, que o aplaudiu de pé.
"Foi uma coisa inconsciente. Teve momentos no jogo em que senti perdido, e a torcida foi fundamental, pedindo que eu reagisse. Sou uma pessoa muito emotiva e queria agradecer", disse.
No terceiro set, Russell sacava com uma quebra a favor e com dois match points. Com a vantagem de 2 sets a 0 (6/3 e 6/4), resolveu jogar no erro do brasileiro. Este, no entanto, não falhou, reagiu e virou o jogo em 7/6 (7/3), 6/3 e 6/1.
Clique aqui para ler o relato do jogo e aqui para conferir os lances mais importantes da partida.
"Nada na minha vida veio de graça, mas um jogo desses é mais do que você deseja. Foi um momento especial, talvez uma das maiores emoções que tive em quadra", afirmou o cabeça-de-chave número um do torneio.
O norte-americano não quis fazer muitos comentários sobre o match point perdido. "Estou decepcionado. Deveria ter sido mais agressivo."
Mas se mostrou satisfeito com o desempenho no Aberto da França. "Jogar na quadra central, contra o Guga, era algo que quase não estava acreditando. Ele mereceu a vitória, não achava que ele ia se recuperar tão bem".
Russell disputou quatro Grand Slams na carreira e caiu todas as vezes na estréia. Antes de chegar a Paris, ganhou apenas duas partidas no ATP Tour, espécie de primeira divisão do tênis mundial.
Sobre a dedicação de Guga à torcida francesa, o tenista fez pouco caso. "Ele é bicampeão, ele pode fazer o que quiser aqui. Ele pode tirar a roupa e correr pelado em volta da quadra."
O brasileiro volta a enfrentar Ievguêni Kafelnikov, cabeça-de-chave número sete, por uma vaga nas semifinais _todas as vezes em que foi campeão (1997 e 2000), superou o russo nas quartas-de-final em jogo de cinco sets.
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Guga conquista ainda mais a preferência da França
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Jogador mais querido dos franceses, o brasileiro Gustavo Kuerten conquistou ainda mais o carisma do público em Roland Garros, após virar de maneira surpreendente a partida contra o desconhecido Michael Russell.
Depois de superar o norte-americano, que veio do qualifying e é apenas o 136º da "corrida dos campeões e o 122º do ranking de entradas, Guga desenhou um coração na quadra central, ajoelhou-se no centro dele e mandou beijos à torcida, que o aplaudiu de pé.
"Foi uma coisa inconsciente. Teve momentos no jogo em que senti perdido, e a torcida foi fundamental, pedindo que eu reagisse. Sou uma pessoa muito emotiva e queria agradecer", disse.
No terceiro set, Russell sacava com uma quebra a favor e com dois match points. Com a vantagem de 2 sets a 0 (6/3 e 6/4), resolveu jogar no erro do brasileiro. Este, no entanto, não falhou, reagiu e virou o jogo em 7/6 (7/3), 6/3 e 6/1.
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"Nada na minha vida veio de graça, mas um jogo desses é mais do que você deseja. Foi um momento especial, talvez uma das maiores emoções que tive em quadra", afirmou o cabeça-de-chave número um do torneio.
O norte-americano não quis fazer muitos comentários sobre o match point perdido. "Estou decepcionado. Deveria ter sido mais agressivo."
Mas se mostrou satisfeito com o desempenho no Aberto da França. "Jogar na quadra central, contra o Guga, era algo que quase não estava acreditando. Ele mereceu a vitória, não achava que ele ia se recuperar tão bem".
Russell disputou quatro Grand Slams na carreira e caiu todas as vezes na estréia. Antes de chegar a Paris, ganhou apenas duas partidas no ATP Tour, espécie de primeira divisão do tênis mundial.
Sobre a dedicação de Guga à torcida francesa, o tenista fez pouco caso. "Ele é bicampeão, ele pode fazer o que quiser aqui. Ele pode tirar a roupa e correr pelado em volta da quadra."
O brasileiro volta a enfrentar Ievguêni Kafelnikov, cabeça-de-chave número sete, por uma vaga nas semifinais _todas as vezes em que foi campeão (1997 e 2000), superou o russo nas quartas-de-final em jogo de cinco sets.
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