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27/07/2001 - 19h49

Parte emocional foi a zero, diz Scolari

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da Folha de S.Paulo

O "emocional" da seleção caiu a "zero" depois da eliminação da Copa América com uma derrota para Honduras. O diagnóstico, emitido hoje, é do técnico da seleção, Luiz Felipe Scolari, que estuda estratégias para melhorar a cabeça e o futebol dos jogadores.

Ele condenou a atitude de alguns atletas, cujos nomes não revelou, que "brigaram" com companheiros no vestiário após o fracasso na cidade de Manizales na segunda-feira passada.

O treinador disse que espera dar um "sentido de equipe" à seleção durante o período de treinamento, que inclui também um amistoso contra o Panamá, para o confronto decisivo contra o Paraguai, pelas eliminatórias da Copa, no próximo dia 15, em Porto Alegre.

No Rio Grande do Sul desde o retorno da Colômbia, Scolari vem conclamando seus conterrâneos gaúchos a apoiarem a seleção no estádio Olímpico, do Grêmio.

Segundo ele, o time não tem jogado bem porque os jogadores estão "assustados", o que os deixaria com os músculos "presos".

"Cobrados" devido à má campanha da seleção, os "craques estão precisando de carinho e de afeto", afirmou o técnico.

O adversário na partida de "vida ou morte" para o Brasil, cuja classificação para a Copa do Mundo de 2002 está ameaçada, incluiu-se entre as "cinco ou oito" melhores seleções do mundo no ranking particular de Scolari.

Ele declarou que armará um esquema especial para "infernizar" a faixa de campo do lateral paraguaio Arce, que considera como um "filho" -o jogador foi seu atleta no Grêmio e no Palmeiras.

O treinador adiantou que quer o atacante Marcelinho, a principal novidade entre os 13 "estrangeiros" convocados ontem, atuando sem posição fixa, deslocando-se na frente. Élber, outro atacante convocado, ganhou elogios por chutar com os dois pés e cabecear bem.

O esquema 3-5-2 será mantido porque, conforme Scolari, os zagueiros brasileiros "não têm capacidade de recuperação" e não suportam o "enfrentamento homem a homem".

O treinador, que participou do programa "Sala de Redação", da Rádio Gaúcha, deixou aberta a possibilidade de convocação do atacante Edílson, do Flamengo. Ele teve um desentendimento com o jogador na época em que Edilson defendia o Corinthians.

"Não tenho nada contra ele, que é um jogador liso [difícil de marcar] e poderá ser convocado futuramente", disse Scolari.

À reportagem, presente ao programa, Scolari disse que a relação de convocados a ser anunciada na próxima semana poderá trazer nomes inéditos.

Nessa linha, ele volta ao bairrismo e destacou o meio-campo Tinga, um dos principais jogadores do Grêmio no momento. "Ele tem sido fundamental no esquema do Grêmio", disse.

Scolari surpreendeu ao dizer que o volante Mauro Silva, com quem falou hoje por telefone, não deixou de ir à Colômbia por conta dos problemas políticos do país que abriga a Copa América. "Ele me fez uma colocação diferente [da inicialmente apresentada]. Entendi perfeitamente. Não sei se não faria a mesma coisa. Ele não me decepcionou", disse o técnico, não revelando o motivo alegado agora por Mauro Silva.

O técnico não se furtou de fazer comentários sobre outros jogadores. Leonardo, que reestreou no São Paulo com vitória na Copa Mercosul, foi classificado como um "meia de qualidade".

Alex, criticado por alguns comentaristas por se "desligar" do jogo no decorrer das partidas, foi elogiado como pessoa e como jogador. Mas Scolari concordou com a tese de que o meia não mantém uma constância e ponderou que "o problema talvez seja de ordem psicológica".

Se conseguir classificar o Brasil para a Copa do Mundo de 2002, o técnico prevê que haverá condições de tornar a seleção brasileira candidata ao título mundial, utilizando um grupo de cerca de 40 jogadores selecionáveis.
 

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