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16/11/2001 - 17h41

Sai o bom moço do topo do tênis mundial e entra o 'bad boy'

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do enviado a Sydney, pela Folha de S.Paulo

Sai o bom moço que é o melhor disparado no saibro e entra o "bad boy" que consegue jogar bem em todos os pisos do tênis.

Tanto dentro quanto fora da quadra, um oceano separa Gustavo Kuerten de Lleyton Hewitt.

No lugar de um tenista que evita polêmicas e é habitual concorrente aos prêmios oferecidos pela ATP por espírito esportivo, ocupa agora a condição de melhor jogador da atualidade um recordista de multas por mau comportamento e o protagonista da maior confusão do tênis em 2001.

Com a mesma velocidade que aniquilou recordes e se tornou o mais jovem número um da história ao final de um ano, Hewitt se envolveu em episódios que o tornam um dos jogadores mais odiados do circuito profissional.

O principal deles ocorreu justamente na sua maior conquista até hoje _a última edição do Aberto dos EUA. Durante um jogo com o americano James Blake, reclamou da arbitragem fazendo insinuações racistas _Blake é negro.

Por essas e outras, foi multado quatro vezes apenas em 2001 pela ATP, que tirou assim do seu bolso quase US$ 50 mil.

Até no seu próprio país Hewitt já enfrentou a ira dos fãs. Em 2000, durante o Torneio de Adelaide, chamou os torcedores locais de estúpidos por apoiarem um de seus adversários.

Dentro da quadra, as diferenças entre o australiano e o brasileiro também são grandes. Com exceção da preferência por jogar a maioria do tempo no fundo da quadra, Hewitt e Kuerten são jogadores de estilos distintos.

Sem um saque ou golpes potentes, o primeiro usa seu bom preparo físico e velocidade para correr muito e devolver praticamente todas as bolas. Já Guga se projetou com seu forte serviço e com suas "mortais" esquerdas.

Mais versátil, Hewitt acaba o ano no topo do ranking com bons resultados espalhados por praticamente todas as superfícies e outras condições do tênis.

O australiano foi campeão na quadra dura, na grama e disputou semifinais em torneios "indoors". No saibro, foi às semifinais do Masters Series de Hamburgo e às quartas em Roland Garros.

Além disso, no piso preferido de Guga, foi o responsável por uma das derrotas mais dolorosas da carreira do brasileiro.

No único confronto entre os dois na temporada, o australiano foi até Florianópolis, a terra de Kuerten, para vencê-lo e ser o grande protagonista pela vitória de seu país em confronto da segunda rodada da Copa Davis.

Já o pupilo de Larri Passos não conseguiu se destacar em tantas condições diferentes como o australiano. Depois de brilhar na temporada de saibro, onde conquistou cinco de seus seis títulos na temporada, preferiu não disputar Wimbledon, fez boa campanha na sessão de quadras duras dos EUA e acabou o ano com desempenho medíocre nas competições em quadras cobertas -venceu apenas um dos oito jogos disputados.
 

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