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Fifa luta contra Justiça comum e mostra resultado financeiro recorde
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da Folha Online
A Fifa aumentou seus esforços para manter as disputas esportivas longe da Justiça comum, nesta quinta-feira, após os delegados das federações nacionais terem decidido aumentar o rigor de seu estatuto no congresso anual da entidade, em Zurique (Suíça).
Depois de reeleger Joseph Blatter, candidato único, para um mandato de mais quatro anos à frente da Fifa, as associações aprovaram por 198 votos a três novas propostas que as obrigam a punir qualquer "liga, membro de liga, clube, membro de clube, jogador ou árbitro" que leve casos para tribunais civis, ignorando a esfera esportiva.
O vice-presidente David Will reconheceu que o atual estatuto da Fifa já proibia esse tipo de ação, mas disse que as emendas no texto vão "reforçar e estabelecer as regras mais precisamente".
Will acrescentou que a determinação da Fifa foi reforçada por um veredicto a seu favor da Corte Federal da Suíça, que em janeiro rejeitou uma ação civil contra a Fifa iniciada pelo clube espanhol Rayo Vallecano.
Outras quatro medidas recomendadas pelo comitê-executivo da Fifa foram aprovadas pelo congresso, incluindo uma determinação para que os comitês nacionais de arbitragem sejam submetidos às associações nacionais e uma mudança no estatuto da Fifa para adequar-se ao Código Mundial Antidoping.
Balanço
O congresso também aprovou o balanço financeiro da Fifa, que acumulou um excedente de 183,9 milhões de euros em 2006 e fundos próprios de 456,5 milhões de euros.
É o melhor resultado da instituição desde sua criação em 1904. Os lucros aumentaram em 553,7 milhões de euros, dos quais 93% foram obtidos na Copa do Mundo de 2006 na Alemanha, graças aos direitos de transmissão de TV e de marketing gerados pela competição.
O comitê de organização do Mundial-2006 gerou um excedente de 156 milhões de euros, dos quais a Fifa obteve um lucro líquido de 45 milhões.
Em relação às reservas, o relatório informa que "representa um primeiro passo na direção ideal, mas não é suficiente", já que o objetivo é possuir recursos suficientes para poder financiar os gastos dos três primeiros anos posteriores à Copa do Mundo, que, por exemplo, representaram 1,1 bilhão de euros entre 2003 e 2005.
Com agências internacionais
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