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27/11/2001 - 19h56

Corinthians busca mudar a escrita em competições sul-americanas

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da Folha de S.Paulo

Campeão do mundo, mas não da América. O Corinthians tenta amanhã chegar mais perto de mudar essa escrita, mesmo que seja no "primo pobre" da Libertadores.

Uma empate amanhã, às 21h50, contra o San Lorenzo, em Buenos Aires, dá vaga aos corintianos na final da Copa Mercosul, melhor desempenho do time na competição criada em 1998, que está na sua última edição. Uma vitória simples dos argentinos leva a decisão para os pênaltis.

Além de nunca ter chegado à final da Mercosul, o Corinthians jamais disputou uma decisão de Taça Libertadores e de Copa Conmebol (já extinta).

Além do ineditismo de uma final sul-americana, o Corinthians e o HMTF, seu parceiro, estão atrás dos US$ 4,6 milhões destinados ao campeão. O clube também quer aumentar seu prestígio.

A Confederação Sul-Americana de Futebol já acertou com a CBF a indicação da equipe do Parque São Jorge (caso se sagre campeã) para participar do Torneio Pan-Americano em 2002.

O "novo" torneio está sendo idealizado para substituir a Mercosul. A fórmula, entretanto, não muda. Nem a data: deve ser disputado no segundo semestre.

Os dirigentes corintianos ganharam o apoio da Conmebol e da CBF por reconhecerem que a Mercosul é importante e rentável.

O dinheiro é muito importante para o clube, que depende do prêmio para começar traçar as mudanças no elenco para 2002 -o HMTF já decidiu que só vai gastar o dinheiro que entrar em caixa.

Os jogadores, empolgados, com a possibilidade de entrar para a "história" do clube, treinaram hoje em dois períodos -de manhã, em Porto Alegre, e à tarde, no CT do Vélez Sarsfield, em Buenos Aires. Os jovens corintianos só têm um temor, a "catimba" rival.

"A gente sabe que eles fazem pressão, que simulam coisas e que são empurrados pela torcida. Mas dentro de campo são 11 contra 11", disse o atacante Luizão.

Amparado nos seus atletas mais experientes, a equipe paulista pretende usar da "malandragem" tipicamente argentina para derrotar o San Lorenzo, de acordo com o zagueiro Scheidt.

"Temos de ser malandros até mesmo para não aceitar provocação", disse o zagueiro, que deverá fazer dupla com Marquinhos.

Outro "veterano" corintiano, o volante Rogério, tem uma marca pessoal a ser batida. Poderá, hoje, chegar aos 33 jogos pela Mercosul, superando em um jogo, segundo ele, o lateral Arce, seu ex-companheiro de Palmeiras. "Essa experiência que tenho na competição certamente vai ser muito útil para o grupo."

Até os "excluídos" estão em Buenos Aires para ajudar os "meninos". César Sampaio, Dida, Renato e Fernando Baiano não puderam ser inscritos no torneio, mas acompanham a delegação na capital argentina.

"Já participei de muitos jogos desse tipo. Vou passar a minha experiência para ajudar o Corinthians", disse Sampaio.

O goleiro Doni tem recebido o incentivo especial de Dida, o titular da posição.

"É assim que se conquistam os títulos, com muita união dentro do grupo. Temos sempre o mesmo objetivo, vestimos a mesma camisa", afirmou Dida.

Otacílio é o único desfalque corintiano. No time do San Lorenzo, Alberto Acosta, com uma contratura na coxa direita, dará lugar ao atacante Guillermo Franco.

Romagnoli, que era dúvida, já foi confirmado na equipe titular.

O técnico chileno Manuel Pellegrini, assim como o rival Luxemburgo, "exagerou" a importância da partida desta noite.

"Essa partida contra o Corinthians é a nossa final de Copa do Mundo. Temos que encarar assim. Não podemos bobear", disse o treinador, referindo-se à virada corintiana na primeira partida da série, no Pacaembu -o time argentino vencia por 1 a 0, mas sofreu dois gols no segundo tempo.

Pellegrini também usou um expediente comum a Luxemburgo nas vésperas de jogos importantes. Abriu os portões do estádio para receber o apoio dos torcedores. "É o clima de uma final. Vamos usar os torcedores", disse o técnico do San Lorenzo.

SAN LORENZO
Saja; Serrizuela, Ameli, Diego Capria e Paredes; Pusineri, Michelini, Erviti e Romagnoli; Guillermo Franco e Romeo
Técnico: Manuel Pellegrini

CORINTHIANS
Doni; Fabinho, Scheidt, Marquinhos e Kléber; Pingo (Rodrigo Pontes), Rogério, Luciano Ratinho e Ricardinho; Luizão e Gil
Técnico: Wanderley Luxemburgo

Local: estádio Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires
Horário: 21h50
Juiz: Carlos Torres (PAR)

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