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16/07/2007 - 10h27

Dunga dedica título da Copa América para crianças de "alma pura"

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RODRIGO BUENO
da Folha de S.Paulo, em Maracaibo (VEN)

Uma oferenda às crianças de alma pura e um samba que faz alusão ao respeito. Essa foi a maneira com que o técnico Dunga e os jogadores da seleção brasileira desabafaram após a conquista da Copa América

Bastante emocionado, o treinador da seleção, bastante criticado, não alterou o estilo agressivo que marcou sua convivência com os jornalistas desde que assumiu o comando do time nacional.

"Acho que o título foi muito importante. Mas só tenho que agradecer essa vitória a quem tem alma pura. As crianças da África, de Angola, do Afeganistão, de Israel. Elas têm alma pura", falou Dunga.

Seu auxiliar, Jorginho, seguiu linha parecida. "Conseguimos lentamente superar a desconfiança de todos. Muita gente falou muita coisa. Pô, antes de falar, espera a gente molhar o bico, mostrar o nosso trabalho. É claro que temos muito a aprender, mas já fizemos muita coisa", declarou ele.

Enquanto eles fazia seus discursos em tom de resposta aos críticos, os jogadores, de forma mais descontraída, também mandavam um recado a quem duvidava que o time pudesse ganhar a competição.

Em rodinhas, cantavam sem parar o samba "Moleque Atrevido", de Jorge Aragão: "Respeite quem pode chegar aonde a gente chegou", repetiam os atletas, à frente das câmeras de TV, liderados por Robinho.

O jogador, artilheiro da Copa América, com seis gols, disse que a conquista brasileira representa a vitória da "objetividade". "O futebol é assim. Sabemos que podemos melhorar. Mas o que vale é o resultado", disse o atacante.

"As pessoas ficaram menosprezando o Brasil, dizendo que tínhamos um time inferior, e isso deu força para a gente. Não devemos nada para nenhuma seleção do mundo", afirmou o meia Júlio Baptista, destaque ontem, e convocado somente por causa do pedido de dispensa de Zé Roberto.

O lateral-direito Maicon, que ganhou a condição de titular com Dunga, foi outro que desabafou. "Sabíamos que ia ser duro, a seleção passou por uma grande renovação, mas o grupo tem qualidade. Não poderia ter chegado aqui desacreditado."

O reserva dele, Daniel Alves, que marcou o terceiro gol brasileiro ontem e sempre teve a confiança de Dunga, demonstrou lealdade ao técnico.

"A seleção provou que tem que ser respeitada em qualquer competição que jogue."

 

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