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23/07/2007 - 08h00

Sensação no Pan, natação brasileira teria apenas um ouro no Mundial

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RAFAEL REIS
da Folha Online

A natação brasileira fechou no domingo os Jogos Pan-Americanos do Rio com o melhor desempenho de sua história na competição. Com 12 ouros e 27 medalhas, o país superou seu maior número de vitórias (sete em Winnipeg-1999) e também o de pódios (21 em Santo Domingo-2003).

Leia cobertura completa do Pan-2007

No entanto, ao analisar os tempos obtidos pelos nadadores brasileiros nas águas do complexo Maria Lenk, fica evidente que o país ainda precisa evoluir para conseguir resultados semelhantes nos Jogos Olímpicos de Pequim, no próximo ano.

Dos 12 ouros conquistados pelo Brasil no Rio de Janeiro, apenas um se converteria em medalha no último Mundial de Desportos Aquáticos --competição com nível técnico semelhante ao de uma Olimpíada--, que foi disputado entre os meses de março e abril, em Melbourne, na Austrália.

Essa medalha seria conquistada por César Cielo Filho, nos 50 m livre. Neste domingo, o nadador paulista foi o mais rápido da distância no Pan e anotou o melhor tempo de sua vida, 21s84. A marca, que ficou apenas 0s20 acima do recorde mundial, estabelecido pelo russo Alexander Popov em 2000, daria o ouro ao brasileiro no Mundial.

Já nos 100 m livre, Cielo não conseguiria repetir o sucesso. O tempo de 48s79 foi suficiente para vencer a competição do Rio, mas o deixaria apenas na oitava colocação no torneio de Melbourne, que teve o atleta da casa Eamon Sullivan (AUS) conquistando o bronze com 48s47.

Principal nome brasileiro no Pan até o momento, Thiago Pereira, que ficou com seis ouros, uma prata e um bronze nas águas cariocas, precisa melhorar quase um segundo para lutar por medalha nos 200 m medley --nadou a prova em 1min57s79, contra 1min56s92 do húngaro Laszlo Cech, terceiro no Mundial.

Nos 400 medley, outra de suas especialidades, a diferença a ser tirada é ainda maior. O brasileiro completou a distância em 4min11s14, enquanto o italiano Luca Marin, bronze na Austrália, anotou 4min09s88.

A decepção de Thiago seria maior nos 200 m peito. Com 2min13s51, seu tempo no Rio, o nadador não conseguiria nem mesmo chegar à final.

Rebeca Gusmão, com dois ouros no Pan, viveria a mesma situação nos 100 m livre: nadou a prova em 55s17, bem acima dos 54s61 necessários para ir à final no Mundial. Nos 50 m livre, outra prova vencida por ela no Pan, seria a oitava em Melbourne.

Quem estaria perto de brigar por uma medalha é Kaio Márcio Almeida, que também subiu ao topo do pódio carioca em duas oportunidades. Sua marca nos 200 m borboleta --1min55s45-- é apenas 0s23 inferior ao tempo do russo Nikolay Skvortsov no Mundial, em que ficou com o bronze. Nos 100 m borboleta, a situação é idêntica. O brasileiro nadou a prova em 52s05, contra 51s82 do medalhista de bronze do Mundial, Albert Subirats, da Venezuela.

Revezamentos

Uma das especialidades brasileiras na natação, o revezamento tampouco está "pronto" para brigar por medalhas. No 4 x 200 m livre, que surpreendeu os Estados Unidos e ficou com o ouro, a equipe formada por Thiago Pereira, Rodrigo Castro, Lucas Salatta e Nicolas Oliveira bateu o recorde da competição, com 7min12s27, equivalente ao quinto tempo no último Mundial.

Já no 4 x 100 livre, Fernando Silva, Eduardo Delboni, Nicolas Oliveira e César Cielo completaram a distância em 3min15s90. A seleção francesa, bronze na Austrália, fez o mesmo percurso em 3min14s68.

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