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29/07/2007 - 20h24

Pan-07 vê patriotismo "excessivo" de torcedor, que faz da vaia uma praxe

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CLARICE SPITZ
JOSÉ RICARDO LEITE
da Folha Online, no Rio

Sem grande conhecimento sobre regras de muitos dos esportes dos Jogos Pan-Americanos, o torcedor brasileiro misturou patriotismo, euforia e empolgação com uma boa dose de má educação durante as competições.

As vaias foram uma das marcas registradas dos Jogos. Elas começaram na cerimônia de abertura, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouviu seis vezes o que muitos esportistas ouviriam depois.

Polêmicas, as vaias foram elogiadas na cerimônia de encerramento pelo ex-atleta Robson Caetano, que fez as vezes do mestre de cerimônias.

Além de vaiados, muitos dos rivais brasileiros nas competições tinham seus erros festejados, o que não é comum em alguns esportes.

O ex-jogador Oscar Schmidt foi flagrado "secando" os EUA durante as competições de ginástica artística e depois gritando "argentino não sabe perder" durante uma confusão entre atletas brasileiros e do país vizinho na final do handebol masculino.

"Não gostei, isso não tem nada a ver com ginástica. A diferença é que aqui não é um jogo, não é futebol, nem basquete", disse a ginasta Laís Souza, sobre as vaias em seu esporte.

O presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley Teixeira, concordou. "Foi lamentável o comportamento dos torcedores, que vaiavam os atletas de outros países. Isso não é judô. Eles [torcedores] vieram em uma crescente durante a competição, e faltou alguém para coibi-los."

Argentinos, cubanos e norte-americanos foram os mais perseguidos pelas arquibancadas. Durante algumas competições era normal o sistema de som pedir o aplauso e o fim das vaias.

Já o grande apoio aos esportistas nacionais era agradecido por cada atleta depois de uma competição, e a frase "a torcida me empurrou" virou praxe a cada triunfo.

O patriotismo foi demonstrado desde o dia da abertura, quando as aproximadamente 75 mil pessoas presentes ao evento atenderam ao pedido dos organizadores e usaram a cor branca nas roupas.

Além dos eufóricos aplausos no momento da entrada da delegação brasileira, o nome "Brasil" foi gritado de maneira exaustiva e depois seguido pelo coro "sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor", principal grito das arquibancadas durante os Jogos.

Das tão tradicionais críticas e cobranças vistas no futebol brasileiro, só este mesmo esporte passou caso semelhante no Pan, após a eliminação para o Equador.

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