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24/12/2001 - 17h00

São Caetano tenta se colocar à frente dos grandes

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da Folha de S.Paulo

Único paulista a disputar a Libertadores de 2002, o São Caetano quer se colocar à frente dos grandes clubes do Estado no que diz respeito ao planejamento para a próxima temporada.

Depois de perder a final do Brasileiro para o Atlético-PR, ontem, a diretoria do clube anunciou que aproveitará o recesso de final de ano para negociar reforços. O São Caetano quer contar com quatro ou cinco jogadores novos na temporada de 2002.

Até agora, apenas o São Paulo anunciou contratações -o atacante Reinaldo, que estava no Flamengo, e o meia-atacante Lúcio Flávio, do Paraná Clube.

O São Caetano terá apenas duas semanas de férias antes de sua reapresentação, marcada para o próximo dia 7 de janeiro, às 15h30, no estádio Anacleto Campanella, visando o início da preparação para a Libertadores. O torneio começará em fevereiro.

"Prefiro trabalhar do que ter férias. Time que tem férias maior é porque não está indo bem. Estamos prontos para o que vier em termos de competição", afirmou o técnico Jair Picerni.

Ele disse que, paralelamente aos trabalhos visando à decisão do Brasileiro, já vinha se dedicando ao planejamento do que chama de projeto "Meteoro 3", incluindo, além da principal competição sul-americana, a Liga Rio-SP.

"Eu já vinha trocando idéias com os nossos diretores sobre as reposições necessárias ao time. Afinal, temos um projeto ambicioso pela frente", afirmou ele.

A denominação dada ao projeto pelo treinador é uma ironia aos que, segundo ele, diziam na Copa João Havelange, no ano passado, diante do sucesso repentino do clube, que o São Caetano não passava de um meteoro.

Em 2000, a equipe do ABC havia emergido da segunda divisão para as finais ao lado dos times da Série A. Após eliminar Fluminense, Palmeiras e Grêmio, o clube perdeu o título para o Vasco.

Este ano, Picerni havia batizado por conta própria de "Meteoro 2" o projeto de sua equipe.

Embora esteja sendo pretendido pelo Palmeiras, o treinador, que renovou seu contrato com o São Caetano por mais dois anos, não admite falar da possibilidade de deixar a equipe.

"Essas derrotas que sofremos nas finais do Brasileiro para o Atlético não vão arrebentar o projeto do São Caetano. Iremos à nossa segunda Libertadores com mais experiência. Vamos precisar de reforços porque, obviamente, alguns jogadores também deixarão a equipe", afirmou ele.

O primeiro a sair deverá ser o lateral-direito Mancini, emprestado ao clube pelo Atlético-MG até o final deste mês.

"Como ele cresceu muito nas finais, despertou o interesse da equipe mineira, que quer tê-lo de volta", afirmou Luiz de Paula, vice-presidente de futebol.

Mancini disse que ainda há chance de ficar no clube do ABC, dependendo de uma última negociação do São Caetano com o Atlético-MG.

O atacante Magrão, emprestado pelo Botafogo-RJ, é outra dúvida, embora o dirigente afirme que ainda há esperança em manter o artilheiro da equipe, autor 13 gols no Brasileiro, por pelo menos mais seis meses.

Fernando Baiano, do Corinthians, e Somália, do América-MG, já foram sondados para substituí-lo.

Os meias Adãozinho e Esquerdinha, assediados por outros clubes e com a expectativa de melhorar seus salários, também poderão deixar a equipe, embora Picerni diga que pretende manter a base do time. Os dois jogadores estavam entre os que foram criticados pelo treinador ao final da partida de anteontem.

Contrário a grandes mudanças no time, o volante Serginho vê o São Caetano amadurecido para a Libertadores. "O grupo está cada vez mais experiente. Agora, os jogadores aprenderam que em decisão não pode haver cochilo."
 

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