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24/12/2001 - 15h04

Volta do Atlético-PR a Curitiba é atrasada em quatro horas

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da Agência Folha, em Curitiba

A torcida do Atlético-PR teve que ser paciente para festejar com os jogadores, em Curitiba, a conquista do inédito Campeonato Brasileiro. O vôo que trouxe a delegação de São Paulo atrasou cerca de quatro horas.

Por causa do atraso houve tumulto e bate-boca entre jogadores, dirigentes e funcionários da empresa aérea na sala de embarque do aeroporto de Congonhas. A diretoria do clube tinha fretado um avião.

O vôo de retorno estava marcado para as 22h15, mas só saiu às 2h20 do aeroporto de Guarulhos (SP), para onde a delegação foi transferida.

Tempo chuvoso, falta de aeronave e ausência de tripulação foram as explicações que jogadores e dirigentes ouviram dos funcionários da empresa enquanto aguardavam uma definição sobre o embarque. Houve até um princípio de tumulto que foi contido com a chegada de agentes da Polícia Federal.

"Foi um rolo danado a saída. Estávamos ansiosos para chegar e comemorar com a torcida em Curitiba", disse o zagueiro Gustavo.

Na chegada ao aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, por volta das 3h de hoje, os campeões brasileiros embarcaram em dois caminhões do Corpo de Bombeiros.

Sob "escolta" de cerca de mil veículos, que estavam nas imediações do aeroporto, segundo avaliação da Polícia Militar, os jogadores desfilaram pelas principais ruas da capital.

A comemoração final aconteceu em frente estádio Joaquim Américo, a Arena da Baixada, onde perto de 4 mil pessoas, também segundo a PM, aguardavam os jogadores.

Devido ao atraso, muitos torcedores foram embora sem ver a chegada do time. Durante e depois da partida, a PM calculou que 15 mil pessoas se aglomeraram em frente à Baixada para ver o jogo num telão.

As duas principais estrelas do Atlético, os atacantes Kleber e Alex, não acompanharam o time na volta a Curitiba. Alex foi para Belo Horizonte e Kleber viajou para Recife, onde foram passar o Natal com familiares.

Com o mesmo objetivo, o técnico Geninho seguiu para Santos. Em tom de desabafo, o volante Cocito disse que "o Atlético mostrou que o futebol não precisa ser feito só de estrelas e sim de uma grande equipe como a nossa, que parece uma constelação."

Depois de conquistar o inédito título brasileiro, o Atlético tem o desafio de tentar manter base para os compromissos da temporada 2002, que inclui a Copa Libertadores América.

A princípio, o trabalho não será fácil, mas a diretoria promete um desfecho ainda para esta semana em relação aos principais jogadores como os atacantes Kleber e Alex Mineiro, os meias Adriano e Souza, o zagueiro Nem e o técnico Geninho.

Para ficar com Alex, a diretoria vai ter que depositar US$ 2 milhões até a próxima segunda-feira na conta do Cruzeiro, dono do passe do jogador.

Junto com Kleber, ele está sendo sondado por clubes europeu como os espanhóis La Coruña e Sevilha e a Fiorentina, da Itália. Outro fator que pode influenciar no possível desmantelamento da equipe é o salário.

A diretoria do Atlético já avisou que não vai pagar salários altos a ninguém. Além de tentar manter a filosofia de não pagar salários astronômicos, o clube precisa decidir se paga R$ 700 mil ao São Paulo para ter Nem definitivamente como jogador do Atlético. Souza, cujo contrato também termina na segunda-feira, deve mesmo voltar ao Morumbi.

Já a situação de Adriano precisa de um aceno do Olympique de Marselha, da França, dono de 75% de seu passe. O restante é dividido entra o Atlético e o empresário Juan Fíguer.

O técnico Geninho confirmou após a decisão que quer aumento de salário. "Há uma diferença que não é substancial. Se houver acerto com o Atlético, não abro negociação com ninguém", disse Geninho.
 

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