Antes da queda, Dualib disse que US$ 10 milhões o salvariam

Antes de renunciar à presidência do Corinthians, Alberto Dualib chegou a afirmar que US$ 10 milhões o salvariam, de acordo com conversa telefônica com Renato Duprat, como informa neste sábado reportagem da Folha (íntegra disponível só para assinantes do jornal ou do UOL).

O dirigente dizia acreditar que com este dinheiro manteria o acordo com a MSI e, além disso, escaparia do afastamento pelos conselheiros.

Durante a conversa, interceptada pela Polícia Federal na Operação Perestroika, Dualib mostra tensão e desespero, dias antes de renunciar à presidência, fato ocorrido na última sexta-feira.

Dualib, que ocupava a presidência corintiana desde 1993, já estava licenciado do cargo desde o início de agosto. Caso não renunciasse, provavelmente sofreria um impeachment devido às irregularidades de sua gestão e poderia pôr em risco a condição de conselheiro vitalício e até mesmo de associado.

O dirigente é suspeito de ter se beneficiado da emissão de notas frias por empresas que supostamente prestaram serviços ao clube. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual e pelo Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado).

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