Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/01/2002 - 19h46

De casa, Ricardo Teixeira reassume a presidência da CBF

Publicidade

da Sucursal do Rio da Folha de S.Paulo

Sem dar expediente no seu gabinete, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, reassumiu hoje o cargo.

De sua casa, o dirigente, que estava fora da entidade desde o dia 31 de agosto, nomeou o novo presidente da Comissão Nacional de Arbitragem.

Teixeira estava licenciado desde agosto do ano passado, quando foi obrigado a se submeter às pressas a uma cirurgia cardíaca.

Na ocasião, os médicos do hospital Pró-Cardíaco realizaram uma angioplastia _espécie de intervenção cirúrgica cardíaca_ em Teixeira. Ele estava com uma lesão obstrutiva na coronária direita.

A cirurgia foi realizada no dirigente durante o seu pior momento na entidade que comanda desde 1989.

Na época, as investigação do Senado sobre a sua vida pessoal e sua administração na CBF estavam sendo concluídas. Além das investigações no Congresso Nacional, a seleção brasileira também estava em dificuldades para garantir a classificação para a Copa do Mundo.

O dirigente era ameaçado a renunciar pelos principais integrantes da CPI do Senado. A licença médica serviu para tirar Teixeira dos holofotes durante a fase final da comissão.

No final do ano, o relatório dos senadores sugeriu ao Ministério Público Federal o indiciamento do dirigente em crimes financeiros _lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal e apropriação indébita. O relatório final foi aprovado por unanimidade.

Apesar da pressão dos senadores, o dirigente se recusa a renunciar. Ele quer concluir o seu mandato, que terminará em 2003.

Para tentar tirar Teixeira da CBF antes do início da Copa, os senadores da CPI estão apostando a sua última cartada. Em dezembro, o Senado enviou projeto de lei ao ministério dos Esportes para viabilizar a saída do dirigente.

O projeto seria editado em forma de medida provisória até o início do próximo mês. A MP teria uma clausula que possibilitaria a intervenção em entidades esportivas, inclusive na CBF.

No seu primeiro ato na sua volta ao cargo, Teixeira escolheu o ex-árbitro Edson Resende para substituir Armando Marques, que foi suspenso na semana passada pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Luiz Zveiter.

Marques foi acusado pelo árbitro paulista Alfredo dos Santos Loebeling de pressioná-lo para "mudar" a súmula de uma das partidas decisivas da Série B do Campeonato Brasileiro de 2001. O STJD abriu inquérito para apurar a acusação.

Resende foi árbitro do quadro da CBF até o final dos anos 90 e já integrava a Comissão Nacional de Arbitragem.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página