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17/12/2007 - 09h44

Chuva de gols na final do Mundial é a maior desde os anos 60

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da Folha de S. Paulo

O jogo que tinha todos os ingredientes para ser atravancado e ter um placar baixo acabou como o duelo de maior número de gols em uma decisão mundial de clubes desde 1963. O Milan, que há 44 anos experimentou um 4 a 2 a favor e um contra na disputa com o Santos, fez um ótimo segundo tempo e venceu com sobras no fim um valente Boca Juniors.

O 4 a 2 de domingo em Yokohama só perde em decisões de Mundial em número de gols para o 5 a 2 do Santos sobre o Benfica, em 1962. Em Mundial da Fifa, houve um 4 a 3 do Al Nasr sobre o Raja Casablanca em 2000, mas não era final.

Mais uma vez o Milan entrou em campo com só um atacante. E Inzaghi de novo comprovou a fama de talismã. Na final da Copa dos Campeões, já havia anotado dois gols. Domingo, fez o primeiro, aproveitando assistência de Kaká, e o quarto do Milan, completando outro passe açucarado do craque brasileiro.

O Boca Juniors, sem Vargas, suspenso, apostou em outro volante, Alvaro González. O time tinha no meio apenas um jogador mais solto, Banega. A marcação em Kaká era uma prioridade e até funcionou na primeira etapa, apesar de o ex-são-paulino ter feito a jogada do primeiro gol da partida.

Na etapa inicial, o Boca teve melhor rendimento que o Milan. Criou chances para marcar antes mesmo de o rival sair em vantagem. E, quando isso ocorreu, não ficou nem dois minutos atrás no placar. Palacio, o melhor do campeão da Libertadores no jogo, subiu só quase na pequena área para bater Dida.

As estatísticas da Fifa mostram um equilíbrio completo na posse de bola (50% para cada equipe). O Boca até finalizou mais (16) que o Milan (14), porém foi menos eficiente. Quando o Milan fez 2 a 1 após uma jogada de bola parada --o zagueiro Nesta ficou com a sobra após uma cobrança de falta e fuzilou Caranta--, o jogo ficou aberto.

O Boca conseguiu acertar uma bola na trave, em chute de média distância de Ibarra. Depois, Kaká decidiu. Em lance individual, o brasileiro recebeu na esquerda e partiu para cima de Maidana. Livrou-se do zagueiro com estilo e tocou colocado. Caranta não conseguiu fazer a defesa. E o cenário passou a ser uma goleada. Em contra-ataque, Seedorf escapou pela direita e passou para Kaká, que só rolou para Inzaghi vazar Caranta de novo.

Kaká fez ainda outras duas lindas jogadas individuais que poderiam ter resultado em gol para o clube de Milão --em uma, acabou derrubado na entrada da área, e na outra Caranta realizou difícil defesa. Abatido, o Boca ganhou um refresco quando Kaladze, um dos zagueiros do Milan, foi expulso por entrada violenta.

Ledesma, jogador de meio-campo com características mais ofensivas, entrou na metade da segunda etapa no time argentino e acabou descontando o placar após uma rebatida na área. No chute, a bola desviou em Ambrosini, que figura como autor do gol, contra, no site da Fifa.

Ledesma, que seria uma opção mais ofensiva de jogo do que Alvaro González, festejou individualmente o lance com raiva, olhando em direção do banco de reservas onde estava o técnico Miguel Angel Russo. O atleta foi expulso pouco depois por atingir Kaká. Carlo Ancelotti fechou seu time e administrou o placar, sua especialidade.

 

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