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23/03/2002 - 10h07

Vice de Farah é afastado de cargo na CBF

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SÉRGIO RANGEL
da Sucursal da Folha no Rio

O vice-presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Reinaldo Carneiro Bastos, foi demitido da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

A diretoria da entidade exonerou Bastos, que ocupava irregularmente o cargo, conforme a Folha revelou no mês passado.

A decisão, tomada no final da tarde de anteontem, estava sendo mantida em sigilo pela cúpula da CBF. O dirigente é o braço-direito do presidente da Federação Paulista, Eduardo José Farah.

De acordo com a circular 763 editada pela Fifa em julho de 2001, Bastos estava impedido de integrar a Comissão Nacional de Arbitragem da CBF. O segundo item da circular da entidade que controla o futebol condenava a participação do dirigente no órgão.

O texto é claro: "O Conselho de Arbitragem é uma comissão especializada que tem que ser composta por ex-árbitros com vasta experiência", o que não ocorria no caso do dirigente paulista.

Sem nunca ter sido árbitro na carreira, Bastos foi nomeado há cerca de dois anos.

Até deixar o cargo, o vice-presidente da FPF era um dos quatro responsáveis pela escalação dos árbitros nas principais competições do futebol brasileiro.

A circular editada pela Fifa regulamenta o funcionamento dos órgãos responsáveis pela arbitragem em cada país.

A nomeação de Bastos também desrespeitava um outro item da circular da Fifa. O documento diz que os integrantes do órgão não devem estar "filiados diretamente a clubes ou ligas".

Com a saída de Bastos da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, o órgão se enquadra nas determinações da circular da Fifa.

Os atuais integrantes da comissão já foram árbitros. O pernambucano Sebastião Rufino, ex-integrante do quadro da Fifa, é o mais famoso. O atual presidente do órgão, Edson Rezende, integrou o quadro de árbitros da CBF e foi aspirante à Fifa, uma categoria que existia na arbitragem nacional até meados dos anos 90.

O último integrante do órgão é o gaúcho José Luís Barreto, que também foi árbitro do quadro da CBF. A confederação demorou oito meses para cumprir a determinação, apesar de o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, ser um dos integrantes da Comissão de Arbitragem da Fifa.

Bastos foi nomeado para integrar a Comissão Nacional de Arbitragem por Armando Marques, então presidente do órgão.

Marques foi afastado do cargo no início do ano pelo presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Luiz Zveiter.

Ele foi acusado pelo árbitro paulista Alfredo Santos Loebeling de o ter pressionado para alterar a súmula do jogo Figueirense x Caxias, pela última rodada da Série B do Brasileiro de 2001.
 

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