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Sob tensão, São Paulo e Palmeiras abrem sua semifinal
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PAULO COBOS
PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
da Folha de S.Paulo
Dentro de campo, nos camarotes dos cartolas e nas arquibancadas. O Morumbi terá neste domingo, às 16h, o mais quente clássico paulista em cinco anos. São Paulo e Palmeiras abrem a série da capital nas semifinais do Estadual com a rivalidade acirrada por episódios ainda bastante frescos --o segundo jogo é no próximo domingo.
Desde Corinthians x São Paulo, decisão do Paulista de 2003, o Estado não via clássico tão recheado de polêmicas. No gramado estarão atletas que há um mês trocaram agressões em confronto pela fase inicial, que terminou com goleada de 4 a 1 a favor do Palmeiras.
Em Ribeirão Preto, o atacante palmeirense Kléber acertou cotovelada em André Dias e o são-paulino Jorge Wagner desferiu uma joelhada no palmeirense Valdivia. O primeiro agressor pegou três jogos de suspensão e o segundo, um.
No mesmo jogo, as principais organizadas dos clubes brigaram. O Ministério Público pediu o banimento da Mancha Alviverde e da Independente à federação paulista, que proibiu-as de exibirem seus símbolos. Menos violentas, mas também afiadas, são as relações entre treinadores e cartolas palmeirenses e são-paulinos.
Nos gabinetes, os dirigentes travaram intensa batalha para definir onde seria realizada a segunda partida da semifinal, disputa afinal vencida pelo Palmeiras, que conseguiu levar o jogo para o Parque Antarctica.
Isso depois de uma guerra nos bastidores e muita confusão para determinar a cota de ingressos para a torcida dos visitantes --hoje serão apenas 8.800 palmeirenses no estádio.
A definição do juiz para hoje também entrou no rol de provocações. O São Paulo não aprovou a indicação de Paulo César de Oliveira.
No banco, estarão dois treinadores que publicamente até trocam elogios, mas que travam um duelo para medir competência e títulos ganhos.
O palmeirense Vanderlei Luxemburgo fez de tudo durante a semana para evitar mais polêmica --barrou até entrevistas de Kléber e Valdivia. "Tem que esquecer isso. O Valdivia e o Kléber não deram entrevistas porque só iam falar do passado. Não tem lei da mordaça. Esse tipo de declaração não acrescenta nada a um clássico dessa rivalidade", disse o treinador.
Do lado são-paulino, a promessa é também esquecer o passado bastante recente. "A única coisa que ficou do outro jogo foi a cicatriz. Não podemos entrar pensando em revanchismo. Eu não vou entrar pensando em revidar a cotovelada", afirmou André Dias, sobre o lance com Kléber no jogo da primeira fase.
O Palmeiras avança à final com dois empates.
SÃO PAULO
Rogério; Zé Luis, Miranda, André Dias e Richarlyson; Hernanes, Hugo (Joilson), Jorge Wagner e Sérgio Motta; Dagoberto e Adriano
Técnico: Muricy Ramalho
PALMEIRAS
Marcos; Élder Granja, Gustavo, Henrique e Leandro; Pierre, Léo Lima, Diego Souza e Valdivia; Kléber e Alex Mineiro
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo
Horário: 16h
Juiz: Paulo César de Oliveira
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