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06/06/2002 - 12h37

"Armada espanhola" toma de assalto o Grand Slam francês

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FERNANDO CAMINATI
da Folha Online

A Espanha invadiu Paris. Três tenistas ibéricos conquistaram vagas na final de Roland Garros-2002 e ao menos um deles disputará a final. Um russo criado em Valência é o único que pode impedir que o Grand Slam francês deste ano se torne o Grand Slam espanhol.

Alex Corretja, vice-campeão do ano passado; Albert Costa, algoz do bicampeão Guga; e Juan Carlos Ferrero, que chega a sua terceira semifinal seguida em Paris, têm a missão de dar o sétimo título à Espanha no mais importante torneio disputado em saibro no mundo e confirmar a força da "Armada" nas disputas na terra batida.

Marat Safin, líder da Corrida dos Campeões, é o homem que pode frustrar a Espanha. Ele enfrenta Ferrero na segunda semifinal e se passar decide o título contra o vencedor da semifinal catalã de Roland Garros.

Mas uma eventual vitória de Safin não seria a total derrota espanhola nas quadras de saibro francesas, já que a força do tênis do russo neste piso é produto direto da escola espanhola.

Aos 13 anos, o então garoto prodígio do tênis russo deixou Moscou para desenvolver seu potencial fora do país e acabou indo parar na Espanha, onde foi treinado pela técnica Maria Pasqual, em Valência.

Cinco anos depois, Safin apareceu para o mundo e justamente no saibro. Ele derrotou Guga na segunda rodada de Roland Garros _na oportunidade, o brasileiro defendia o surpreendente título conquistado em 1997.

Mas foi na própria pátria adotiva que o russo se consagrou como um grande jogador: em 2000, venceu os dois principais torneios espanhóis _Barcelona e Mallorca_, de forma consecutiva, e apareceu pela primeira vez entre os 15 melhores tenistas do mundo. No mesmo ano, conquistaria seu primeiro Grand Slam, já fora da terra batida, no US Open.

Ferrero, que nasceu 16 dias depois de Safin, em 1980, é o atual número um espanhol e tenta chegar pela primeira vez à decisão de um Grand Slam. Nos dois últimos anos, ele caiu diante de Guga nas semifinais, tendo de assistir nas arquibancadas à conquista do tricampeonato do brasileiro.

Se ele vencer o atual líder da Corrida dos Campeões, repetirá o feito de 1998, quando Carlos Moyá foi campeão de Roland Garros, derrotando o compatriota Corretja na final 100% espanhola.

Na disputa pela vaga já garantida ao país na final, se enfrentam os amigos Corretja e Costa, que fazem, mais do que uma semifinal espanhola, uma semifinal catalã _já que o primeiro é natural de Barcelona e o segundo de Lérida, duas cidades da região autônoma a nordeste da Espanha.

Se Corretja já disputou duas finais em Paris e também foi campeão da Masters Cup de 1998 _o torneio de encerramento da temporada, que reúne os oito melhores do ano e decide o número um do mundo_, Costa vive na semifinal seu maior momento na carreira.

"Patinho feio" do grupo formado por Corretja, Moyá, Sergi Bruguera, Alberto Berasategui e Félix Mantilla _maiores nomes da geração mais vitoriosa do tênis espanhol, surgida no início dos anos 90_, Costa, 26, disputou 25 Grand Slams para ir a sua primeira semifinal.

A Espanha já conquistou seis títulos em Roland Garros: dois com Manuel Santana nos anos 60 (1961 e 64), um com Andrés Gimeno (1972), um bicampeonato de Sergi Bruguera (1993-94) e o de Moyá (1998).

No feminino, que hoje vê um domínio total das norte-americanas, a espanhola Arantxa Sánchez-Vicario foi a única ibérica a erguer a taça em Paris. Ela foi tricampeã em 1989, 94 e 98.

As semifinais masculinas de Roland Garros serão disputadas amanhã, a partir das 8h (de Brasília). A final está marcada para o domingo.

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