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29/06/2002 - 16h43

"Hoje sou muito mais seguro", afirma Sá após vitória

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ROGÉRIO SIMÕES
da BBC

O tenista brasileiro André Sá disse que a vitória por 3 sets a 2 sobre o compatriota Flávio Saretta, neste sábado, em Wimbledon (Londres), mostrou que ele é um jogador "muito mais seguro" e que suas vitórias não podem mais ser consideradas surpresas.

"Esta é uma fase da minha carreira em que não é mais de cada vitória ser uma surpresa. Eu já estou com essa esperança de sair com as vitórias", afirmou Sá, em entrevista à BBC Brasil após a partida.

"Estou me sentindo bem, tranqüilo e espero continuar jogando no nível que eu estou jogando agora para continuar seguindo no torneio."

Além do bom momento, Sá disse que sua maior experiência foi decisiva contra Saretta. "Hoje eu consegui manter minha cabeça mais no lugar do que ele, e isso mostrou um pouco mais de experiência."

Espanhol
O mineiro Sá, de 25 anos, está a uma vitória de um possível confronto com o britânico Tim Henman, um dos favoritos ao título, pelas quartas-de-final _jogo que possivelmente seria disputado na lendária quadra central de Wimbledon.

Para conseguir isso, ele precisa antes derrotar nesta segunda-feira o espanhol Feliciano López, de apenas 20 anos, uma das surpresas da competição.

"Agora, já na quarta rodada, as chances são iguais para os dois. Ele com certeza está jogando bem, eu também", disse Sá.

"Eu ele ele somos jogadores de quadra lenta, talvez mais ele do que eu, porque já faz algum tempo que eu venho jogando em quadra rápida, me saindo bem nas quadras rápidas."

O brasileiro disse que o atual estado da grama de Wimbledon está favorecendo jogadores que, como ele, preferem ficar no fundo da quadra.

"A grama está lenta, não choveu na semana inteira, então o jogo está lento, as bolas são mais pesadas do que o normal. Talvez por isso os jogadores mais de fundo de quadra estejam se saindo bem."

Seu adversário nas oitavas-de-final preferiu falar pouco sobre o jogo contra o brasileiro. "Se ele está na quarta rodada como eu, é porque está jogando bem", disse Lopez na entrevista coletiva depois de sua vitória.

"Ele não tem nenhum golpe especial, é um jogador completo", afirmou o espanhol, referindo-se a Sá.

Saretta
O brasileiro derrotado, Flávio Saretta, de 22 anos, admitiu que não conseguiu manter contra André Sá seu melhor nível de jogo no final da partida. No quinto set e decisivo set, ele perdeu por 6 a 1, fazendo duas duplas faltas nos dois últimos pontos.

"A diferença dos meus dois primeiros jogos para hoje foram os meus altos e baixos", disse o paulista Saretta à BBC Brasil. "Tinha momento em que eu jogava muito bem, e tinha momento em que eu perdia vários pontos seguidos."

O esforço físico exigido pelas partidas de um Grand Slam - torneio cujos jogos são sempre decididos em cinco sets - também afetou o desempenho de Saretta.

"Eu acho que no quarto set eu já estava bem cansado, achando que seria bem difícil."

Saretta afirmou que agora vai torcer para que Sá continue vencendo e avançando na competição.

Importância do jogo
A partida entre Sá e Saretta foi acompanhada de perto por Ricardo Acioly, capitão da equipe brasileira que disputa a Copa Davis.

"Eu estou torcendo apenas para ver esse tipo de tênis bonito que a gente está vendo aí", disse Acioli durante a partida, reforçando que não tinha preferência por nenhum dos dois jogadores.

Acioli afirmou que Sá venceu "talvez com sua experiência e um pouco mais de tranqüilidade por já ter jogado mais na grama".

Segundo ele, o fato de dois brasileiros terem jogado na terceira rodada de Wimbledon mostra que os integrantes da atual equipe do país têm conseguido bons desempenhos em tipos diferentes de piso.

"Ganhar aqui na grama era uma coisa complicada para os brasileiros. Ultimamente o único que tinha jogado bem era o Guga, que havia chegado às quartas-de-final", disse Acioli.

André Sá também considera que o jogo com Saretta foi um momento especial para o Brasil.

"Esta semana aqui foi muito importante para o tênis brasileiro. Nunca aconteceu em Wimbledon ter um brasileiro jogando contra outro na terceira rodada. E nomes diferentes, sem ser o Guga e o Meligeni, que já estão aí há anos", disse Sá.

"Isso mostra para o povo do tênis que tem mais gente vindo atrás, tem mais gente lutando por um espaço dentro do tênis."

À espera da sua partida contra Feliciano Lopez, André Sá disse que não vai perder a final da Copa do Mundo, entre Brasil e Alemanha, neste domingo.

"Se o Brasil ganhar amanhã, vai ser o fim-de-semana perfeito para mim. Eu vou torcer com tudo, se o Flávio (Saretta) ficar aí, a gente com certeza vai ver o jogo junto. Então é dedos cruzados para a vitória do Brasil."

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