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01/07/2002
-
13h45
da Folha Online
Tradicional celeiro do tênis em quadras de saibro, a América do Sul faz em 2002 seu melhor desempenho em Wimbledon, o torneio mais antigo da história e disputado em quadras de grama.
Desde 1968, quando se iniciou a era profissional do tênis, nunca tantos tenistas do continente tinham chegado às quartas-de-final no Grand Slam inglês.
Neste ano, o brasileiro André Sá, o equatoriano Nicolás Lapentti e o argentino David Nalbandián disputarão vagas nas semifinais.
O mais irônico é que a região não teve na disputa seu melhor tenista dos últimos tempos, o brasileiro Guga, que nunca escondeu que não gosta da competição. Assim como no ano passado, o tricampeão de Roland Garros optou por ficar treinando para os torneios do segundo semestre.
Além da vitória sobre o espanhol Feliciano López, que levou André Sá a igualar o melhor desempenho de um brasileiro no torneio, a América Latina comemorou outras duas vitórias dramáticas hoje no All England Club.
Lapentti venceu o francês Arnaud Clément por 3 sets a 2, com parciais de 3/6, 7/5, 2/6, 7/5 e 6/3, enquanto Nalbandián superou o australiano Wayne Arthurs em dois tie-breaks, com parciais de 6/4, 7/6 (7/4), 2/6 e 7/6 (9/7).
Agora os dois jogadores, cabeças-de-chave números 22 (Lapentti) e 28 (Nalbandián), se enfrentam na próxima fase. Quem vencer, pode ser o primeiro sul-americano nas semifinais de Wimbledon.
Além de Guga, que perdeu para Agassi, nas quartas de 1999, o chileno Ricardo Acuña (1985), o equatoriano Andrés Gómez e o argentino Guillermo Vilas (1975 e 76) também tinham chegado à rodada dos oito melhores da competição.
A diferença do jogo de tênis em quadras de saibro (piso mais lento) e grama (mais rápido e irregular) é a grande responsável por tão mau desempenho dos tenistas da região, que já venceram todos os outros Grand Slams _Guga, Vilas e Gómez (Roland Garros) e Vilas (Aberto da Austrália e US Open).
Na América do Sul, os tenistas costumam jogar mais no fundo de quadra e apostando nas longas troca de bolas, estilo mais propício ao saibro. Na grama, vale mais o jogo em "saque-voleio", devido à dificuldade em responder aos saques e aos voleios.
Mas os três sul-americanos que romperam a barreira da grama neste ano se destacam justamente por serem jogadores fortes em quadras rápidas.
Sá desenvolveu seu tênis nos EUA, e teve nas quadras duras seus melhores resultados da carreira. Lapentti já brilhou na grama _no ano passado eliminando os britânicos da Copa Davis, em Wimbledon mesmo_ e foi semifinalista no Aberto da Austrália (piso sintético). Nalbandián foi campeão de juvenis no Aberto dos EUA (1999).
2002 é uma das edições mais surpreendentes de Wimbledon nos últimos anos. Além de não ter seu campeão defendendo o título _Goran Ivanizevic se ausentou da disputa por uma operação no ombro_ alguns dos maiores favoritos ao título foram eliminados ainda nas primeiras rodadas, casos de Pete Sampras, Andre Agassi, Marat Safin, Ievguêni Kafelnikov, Roger Federer e Thomas Johansson.
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América do Sul tem seu melhor desempenho em Wimbledon
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Tradicional celeiro do tênis em quadras de saibro, a América do Sul faz em 2002 seu melhor desempenho em Wimbledon, o torneio mais antigo da história e disputado em quadras de grama.
Desde 1968, quando se iniciou a era profissional do tênis, nunca tantos tenistas do continente tinham chegado às quartas-de-final no Grand Slam inglês.
Neste ano, o brasileiro André Sá, o equatoriano Nicolás Lapentti e o argentino David Nalbandián disputarão vagas nas semifinais.
O mais irônico é que a região não teve na disputa seu melhor tenista dos últimos tempos, o brasileiro Guga, que nunca escondeu que não gosta da competição. Assim como no ano passado, o tricampeão de Roland Garros optou por ficar treinando para os torneios do segundo semestre.
Além da vitória sobre o espanhol Feliciano López, que levou André Sá a igualar o melhor desempenho de um brasileiro no torneio, a América Latina comemorou outras duas vitórias dramáticas hoje no All England Club.
Lapentti venceu o francês Arnaud Clément por 3 sets a 2, com parciais de 3/6, 7/5, 2/6, 7/5 e 6/3, enquanto Nalbandián superou o australiano Wayne Arthurs em dois tie-breaks, com parciais de 6/4, 7/6 (7/4), 2/6 e 7/6 (9/7).
Agora os dois jogadores, cabeças-de-chave números 22 (Lapentti) e 28 (Nalbandián), se enfrentam na próxima fase. Quem vencer, pode ser o primeiro sul-americano nas semifinais de Wimbledon.
Além de Guga, que perdeu para Agassi, nas quartas de 1999, o chileno Ricardo Acuña (1985), o equatoriano Andrés Gómez e o argentino Guillermo Vilas (1975 e 76) também tinham chegado à rodada dos oito melhores da competição.
A diferença do jogo de tênis em quadras de saibro (piso mais lento) e grama (mais rápido e irregular) é a grande responsável por tão mau desempenho dos tenistas da região, que já venceram todos os outros Grand Slams _Guga, Vilas e Gómez (Roland Garros) e Vilas (Aberto da Austrália e US Open).
Na América do Sul, os tenistas costumam jogar mais no fundo de quadra e apostando nas longas troca de bolas, estilo mais propício ao saibro. Na grama, vale mais o jogo em "saque-voleio", devido à dificuldade em responder aos saques e aos voleios.
Mas os três sul-americanos que romperam a barreira da grama neste ano se destacam justamente por serem jogadores fortes em quadras rápidas.
Sá desenvolveu seu tênis nos EUA, e teve nas quadras duras seus melhores resultados da carreira. Lapentti já brilhou na grama _no ano passado eliminando os britânicos da Copa Davis, em Wimbledon mesmo_ e foi semifinalista no Aberto da Austrália (piso sintético). Nalbandián foi campeão de juvenis no Aberto dos EUA (1999).
2002 é uma das edições mais surpreendentes de Wimbledon nos últimos anos. Além de não ter seu campeão defendendo o título _Goran Ivanizevic se ausentou da disputa por uma operação no ombro_ alguns dos maiores favoritos ao título foram eliminados ainda nas primeiras rodadas, casos de Pete Sampras, Andre Agassi, Marat Safin, Ievguêni Kafelnikov, Roger Federer e Thomas Johansson.
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